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São Paulo celebra os 80 anos de Paulo Leminski; confira

Autor, que foi e é um dos principais nomes da literatura brasileira do último século, será homenageado por meio de atividades culturais

Mariana Ribeiro

02/09/2024 às 16:45  atualizado em 02/09/2024 às 17:33

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Poeta morreu aos 44 anos, em 7 de junho de 1989, em decorrência de complicações de uma cirrose hepática

Poeta morreu aos 44 anos, em 7 de junho de 1989, em decorrência de complicações de uma cirrose hepática | Divulgação/Nani Gois

Paulo Leminski, um dos nomes mais conhecidos da arte brasileira, completaria 80 anos em 2024 e, para celebrar sua vida e sua arte, São Paulo receberá atividades culturais entre esta terça-feira (3/9) e o próximo domingo (8/9). Os eventos, que incluirão show, peça, mostra e debates, serão no Sesc Avenida Paulista. 

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“São Paulo foi fundamental para o meu pai ser quem foi. Uma semana paulistana para comemorar tantos aspectos da sua vida e obra, no ano que ele faria 80 anos; ele deve estar muito feliz”, comenta Estrela Leminski, filha do poeta.

A programação começará na terça-feira (3/9) com a mesa “A multiplicidade na obra de Paulo Leminski”, às 19h. A conversa contará com a participação de Aurea Leminski, filha do poeta, e do editor Tarso de Melo, que discutirão a diversidade de gêneros e temas explorados pelo artista. 

No dia seguinte, Estrela Leminski lançará seu primeiro romance “Quando a Inocência Morreu”, às 19h, na biblioteca do Sesc, com a presença de Alice Ruiz, viúva de Leminski, também poetisa, e Marcelino Freire.

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Nascido em 1944, em Curitiba, Leminski fez de sua vida uma busca pelo sublime. Foto: Divulgação
Nascido em 1944, em Curitiba, Leminski fez de sua vida uma busca pelo sublime. Foto: Divulgação
Além de escritor, Paulo Leminski foi músico, crítico literário, jornalista, publicitário, tradutor e professor. Foto: Rodolfo Guttilla/Divulgação
Além de escritor, Paulo Leminski foi músico, crítico literário, jornalista, publicitário, tradutor e professor. Foto: Rodolfo Guttilla/Divulgação
Como compositor, Leminski escreveu mais de 100 canções e teve suas composições gravadas por nomes como Caetano Veloso, Itamar Assumpção, Ney Matogrosso, Paulinho Boca de Cantor e Moraes Moreira. Foto: Nani Gois/Divulgação
Como compositor, Leminski escreveu mais de 100 canções e teve suas composições gravadas por nomes como Caetano Veloso, Itamar Assumpção, Ney Matogrosso, Paulinho Boca de Cantor e Moraes Moreira. Foto: Nani Gois/Divulgação
Em 2024, o poeta, que morreu em 1989, completaria 80 anos. Foto: Ricardo Botafogo/Divulgação
Em 2024, o poeta, que morreu em 1989, completaria 80 anos. Foto: Ricardo Botafogo/Divulgação

A programação incluirá ainda a peça “Lusco Fusco”, inspirada na canção “Luzes”, com apresentações na sexta e no sábado (6 e 7/9), e o show “Leminskanções”, no domingo (8/9), que comemorará os 10 anos de lançamento do álbum de mesmo nome do show, dedicado a obra musical de Leminski. 

Além disso, entre 3/9 e 6/10, a biblioteca do Sesc exibirá intervenções poéticas e flâmulas com textos do poeta, em uma curadoria de Aurea e Estrela Leminski.

Sobre a curadoria, Estrela comenta:

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“Meu pai lia os gregos e não desperdiçava nenhum repertório, ele era um profundo conhecedor de mitologia, de culturas, línguas, mas ao mesmo tempo ele sempre teve essa preocupação como um bom estudante de comunicação, de trazer isso da maneira mais imediata possível, mais pop, que trouxesse identificação. Então, ele tinha essa multiplicidade e acaba ficando inevitável que a gente aborde desta forma.”

Ainda segundo Estrela, as comemorações ao poeta não acabam por aí: “teremos muitas formas de celebrar meu pai neste ano”. 

Toda a programação será gratuita, exceto a peça “Lusco Fusco”. Os ingressos para o espetáculo variam entre R$ 15 e R$ 50.

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Paulo Leminski, o poeta pop 

“não discuto/ com o destino// o que pintar/ eu assino”

Nascido em 1944, em Curitiba, Leminski fez de sua vida uma busca pelo sublime. Seja pela procura religiosa, vinda da vontade de ser monge que o levou a passar parte da juventude em um mosteiro, até a filosofia zen, que marcou sua obra, passando pelo minimalismo do dia a dia dos haicais. A forma poética japonesa, aliás, teve no autor um de seus grandes divulgadores no Brasil. 

Além de escritor, Paulo Leminski foi músico, crítico literário, jornalista, publicitário, tradutor e professor.

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Seus livros mais importantes são ‘Polonaises’, de 1980, ‘Caprichos e Relaxos’, de 1983, ‘Distraídos Venceremos’, de 1987, e a prosa experimental ‘Catatau’, cuja primeira edição saiu em 1975. 

Como tradutor, Leminski trouxe para o português textos de autores plurais como Matsuó Bashô, Beckett, James Joyce e John Lennon. Como compositor, escreveu mais de 100 canções e teve suas composições gravadas por nomes como Caetano Veloso, Itamar Assumpção, Ney Matogrosso, Paulinho Boca de Cantor e Moraes Moreira. 

O poeta morreu aos 44 anos, em 7 de junho de 1989, em decorrência de complicações de uma cirrose hepática.

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Em 2013, a carreira de Leminski 'renasceu' por meio da coletânea “Toda Poesia”, best-seller organizado por Alice Ruiz, que acompanhou toda a produção de sua obra. O livro conta com a poética completa do escritor. 

Este trabalho apresentou o autor para uma nova 'leva' de leitores e se tornou inspiração para múltiplos criadores.

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