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Entretenimento
Cearense se lançou para o sucesso no início da década de 1970, brigou e fez as pazes com jornalistas e parceiros e mantém a voz 'devastadora' 50 anos depois
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Raimundo Fagner completa 75 anos neste domingo | Reprodução
O cantor Raimundo Fagner completa 75 anos neste domingo (13/10). O artista fez um show no Centro de Tradições Nordestinas (CTN), em São Paulo, na última sexta (11/10), e cantou sua série de clássicos.
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O cearense de Orós se lançou para o sucesso no início da década de 1970 ao fazer parte do movimento batizado como Pessoal do Ceará, que agitou a vida cultural de Fortaleza. Entre os parceiros, nomes como Augusto Pontes, Belchior, Fausto Nilo, Ricardo Bezerra, Amelinha e Ednardo.
O seu primeiro sucesso, Mucuripe, foi um estrondo. “A voz de um árabe triste pode ser devastadora. Quando Fagner abriu a boca para cantar Mucuripe, ela já tinha os carinhos em escala menor harmônica do pai libanês e os modos mixolídios agrestes da mãe cearense. Aí, a terra tremeu”, escreveu o crítico Julio Maria, do Estadão.
Apesar dos ares intelectuais do movimento, o desejo maior de Fagner sempre foi fazer música popular de fato, lotar casas de shows, chegar ao coração do povo. O primeiro álbum, Manera Fru Fru, Manera, trazia sucessos eternos: Último Pau-de-Arara, Mucuripe, Cavalo Ferro, entre outros.
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Lançou um álbum atrás do outro nas décadas seguintes, todos de grande apelo popular aliado a uma sofisticação característica, mas às vezes fazia parte da crítica torcer o nariz. Não raro o cantor entrou em atrito com jornalistas para defender a sua obra artística.
Nunca faltou parceiros durante a trajetória. Entre os companheiros de palcos e estúdios estão Zé Ramalho, Amelinha, Dominguinhos, Zeca Baleiro e tantos outros. É difícil um contemporâneo não ter pelo menos uma parceria com Fagner.
Em agosto, o artista lançou o 38º álbum de sua discografia, “Além Desse Futuro” (Universal Music). O disco chegou 10 anos depois do seu último álbum de inéditas, “Pássaros Urbanos”.
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No ano passado ainda entrou em uma polêmica com Alok, ao classificar parte dos DJs como "desastre ambiental". Eles depois se entenderam, e fizeram até parceira.
Fagner chega aos 75 nas estradas reais e da vida artística com o mesmo entusiasmo dos tempos de Mucuripe, composta em parceria com seu amigo, desafeto e amigo de novo Belchior. A voz de árabe triste continua devastadora.
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