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Entretenimento
Especialista destaca as dificuldades em terminar um relacionamento abusivo
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A apresentadora Ana Hickmann denunciou violência doméstica cometida pelo marido, Alexandre | Reprodução
A notícia recente sobre a apresentadora Ana Hickmann denunciando supostas agressões por parte de seu marido trouxe à tona uma discussão crucial sobre o medo e a demora das mulheres em denunciar casos de violência doméstica.
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Sophia Utnick Brennan, empresária e defensora da causa feminina, compartilha sua perspectiva sobre essa realidade dolorosa. Ela conta que já enfrentou cinco anos de um casamento abusivo, destacando que a manipulação emocional é uma das principais razões pelas quais as mulheres hesitam em denunciar.
A especialista relembra os momentos em que, após episódios de violência, seu agressor voltava com gestos aparentemente amorosos, criando uma confusão mental que a fazia questionar sua própria sanidade, "A manipulação é tão sutil que você chega a achar que é você a errada, que talvez mereça o que está acontecendo. Eles fazem promessas de mudança, trazem presentes, flores, e é um ciclo vicioso difícil de quebrar", relata Sophia.
A empresária explica que, além da manipulação, a dependência financeira e emocional muitas vezes prende as mulheres em relacionamentos abusivos. "Ele me ameaçava, dizia que eu estava com problemas psicológicos, criava um ambiente onde eu achava que não tinha para onde ir. A dependência torna tudo mais difícil", adiciona ela.
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A profissional ressalta que o medo de represálias, a vergonha e a falta de apoio social são obstáculos significativos para que as mulheres se manifestem, "Ele ameaçava se matar e me matar. Em uma determinada noite eu fugi, mas muitas mulheres não têm essa oportunidade.
A sociedade precisa entender que o silêncio delas não é consentimento, é uma luta por sobrevivência", enfatiza. Diante dessas situações difíceis, ela reforça a importância de oferecer suporte às mulheres que enfrentam a violência doméstica e destaca a necessidade de uma mudança cultural que promova a empatia, a escuta ativa e a desmistificação do estigma em torno das vítimas.
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