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Peça 'Finlândia', do francês Pascal Rambert, ganha montagem brasileira

Protagonizado pelo casal Paula Cohen (APCA de Melhor Atriz de Televisão) e Jiddu Pinheiro, espetáculo discute as relações familiares contemporâneas

Mariana Ribeiro

15/01/2025 às 21:00

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Ingressos para peça custam R$80 (inteira) e R$40 (meia-entrada)

Ingressos para peça custam R$80 (inteira) e R$40 (meia-entrada) | José de Holanda/Divulgação

A premiada peça “Finlândia”, do frânces Pascal Rambert, vista por mais de 10 mil pessoas em todo o mundo, acaba de ganhar uma montagem brasileira, dirigida por Pedro Granato.

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Com estreia marcada para quarta-feira (22/1), no Teatro Vivo, zona sul de São Paulo, o trabalho será estrelado pelo casal Paula Cohen e Jiddu Pinheiro, responsável também pela tradução.

O espetáculo, que seguirá em cartaz na capital paulista até quinta-feira (20/3), retrata o drama de um casal contemporâneo em processo de separação e desde sua estreia, em 2022, na Espanha, ganhou montagens de sucesso em Paris (França), Montevidéu (Uruguai), Cidade do México (México) e Santo Domingo (República Dominicana).

Detalhes da montagem

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“Finlândia” leva o público para dentro de um quarto de hotel em Helsinque. Nele, um casal que está em processo de separação tenta estabelecer um diálogo sobre o futuro de seu relacionamento. 

A peça trabalha com as complexidades e desafios emocionais enfrentados pelos personagens de Paula Cohen e Jiddu Pinheiro, que ainda precisam encontrar um consenso sobre a criação e a guarda de sua filha pequena.

A premiada peça 'Finlândia', do frânces Pascal Rambert, vista por mais de 10 mil pessoas em todo o mundo, acaba de ganhar uma montagem brasileira, dirigida por Pedro Granato. Foto: José de Holanda/Divulgação
A premiada peça 'Finlândia', do frânces Pascal Rambert, vista por mais de 10 mil pessoas em todo o mundo, acaba de ganhar uma montagem brasileira, dirigida por Pedro Granato. Foto: José de Holanda/Divulgação
Com estreia marcada para quarta-feira (22/1), no Teatro Vivo, zona sul de São Paulo, o trabalho será estrelado pelo casal Paula Cohen e Jiddu Pinheiro, responsável também pela tradução. Foto: José de Holanda/Divulgação
Com estreia marcada para quarta-feira (22/1), no Teatro Vivo, zona sul de São Paulo, o trabalho será estrelado pelo casal Paula Cohen e Jiddu Pinheiro, responsável também pela tradução. Foto: José de Holanda/Divulgação
Desde sua estreia, em 2022, na Espanha, ganhou montagens de sucesso em Paris (França), Montevidéu (Uruguai), Cidade do México (México) e Santo Domingo (República Dominicana). Foto: José de Holanda/Divulgação
Desde sua estreia, em 2022, na Espanha, ganhou montagens de sucesso em Paris (França), Montevidéu (Uruguai), Cidade do México (México) e Santo Domingo (República Dominicana). Foto: José de Holanda/Divulgação
A peça trabalha com as complexidades e desafios emocionais enfrentados por um casal em processo de separação, que ainda precisa encontrar um consenso sobre a criação e a guarda de sua filha pequena. Foto: José de Holanda/Divulgação
A peça trabalha com as complexidades e desafios emocionais enfrentados por um casal em processo de separação, que ainda precisa encontrar um consenso sobre a criação e a guarda de sua filha pequena. Foto: José de Holanda/Divulgação

E, nesse duelo de linguagem entre dois mundos aparentemente inconciliáveis, um espelho reflete uma estrutura de padrões opressivos que está por ruir e um mundo em desconstrução que aponta novos caminhos. 

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“Acho que o texto traz muito essa nova onda feminista para dentro das relações em que os pais estão mais presentes, compartilham as tarefas do lar e cuidados com os filhos e não terceirizam os cuidados. E aqui há também uma certa inversão de papéis em alguns momentos, uma desconstrução, uma visão mais crítica dessas estruturas de poder dos homens, do que é violência e do que é respeito. O texto traz muito a filha para o centro da questão”, comenta Pedro Granato, diretor da peça. 

Já para a atriz Paula Cohen, a obra explora a dicotomia (divisão de um todo em duas partes) entre o modo como as pessoas foram criadas para reproduzir os velhos padrões de se relacionar e a tentativa de romper com essas formas antigas a partir da mudança de tempos, olhares e valores.

“Acho que a peça explora essas contradições colocando em perspectiva esses questionamentos, de maneira muito humana na boca dessas personagens. Esse casal passa por muitos assuntos que estão em pauta na sociedade e, por isso, encontra ressonância em muitas casas, em muitos lares, em outros países”, comenta.

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Sobre a atualização na forma de olhar para os relacionamentos, Jiddu Pinheiro diz: “O debate sobre opressores e oprimidos no ambiente público e privado, o embate político-ideológico nos mais diversos fóruns, as lutas por igualdade de direitos de gêneros e representatividade feminina, a forma como a estrutura patriarcal moldou e molda subjetividades de homens e mulheres são pautas de primeira ordem neste momento.”

A encenação 

Granato explica que a encenação de “Finlândia” explora o aspecto claustrofóbico do quarto de hotel em que a história se passa.

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“Deixamos a encenação diagonal, o que diminui o espaço do quarto e permite essa relação mais cinematográfica como se o espectador visse quase que um plano contraplano. E, assim, rompe-se um pouco com aquela ação mais frontal ou da quarta parede. Temos um caminho de usar elementos de forma mais minimalista para se sobressaírem os atores e o texto”, revela.

O diretor conta ainda que, para criar a encenação, buscou diversas inspirações no cinema, como na série “Cenas de um Casamento” (2021, HBO), em “Closer”, de Ingmar Bergman, peça adaptada para as telonas e o filme “História de um Casamento” (2019), de Noah Baumbach.

“Esses filmes têm um olhar bem intimista sobre casais em momentos cruciais. Eles nos inspiraram a pensar em como podemos trazer as questões das relações contemporâneas e, ao mesmo tempo, dialogar com um histórico de retratos de relacionamentos. Acho que Finlândia traz um olhar muito mais aguçado e renovado do que obras clássicas sobre o tema. E era isso o que buscamos até encontrarmos o texto. Então, isso vai ser ótimo de ver no palco, porque os casais vão se envolver muito com a história”, acrescenta.

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Gosta de peças que refletem sobre as relações humanas? Então não deixe de conferir que Reynaldo Gianecchini e Tainá Müller estreiam espetáculo 'Brilho Eterno' em São Paulo.

Ficha Técnica
Texto: Pascal Rambert 
Direção: Pedro Granato
Tradução e elenco: Paula Cohen e Jiddu Pinheiro
Luz e cenário: Marisa Bentivegna
Figurino: Iara Wisnik

Serviço
Finlândia, de Pascal Rambert
Quando? De quarta (22/1) a quinta (20/3) - quartas e quintas-feiras, às 20h
Onde? Teatro Vivo - avenida Dr. Chucri Zaidan, 2460 - Vila Cordeiro, São Paulo
Ingressos: R$ 80 (inteira) e R$ 40 (meia-entrada e preço popular); garanta aqui 
Duração: 90 minutos
Classificação: 16 anos
Capacidade: 274 lugares

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