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Fruta já foi comida duas vezes e passou por turnê mundial antes do leilão; entenda
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Empresa Sotheby's será a responsável pelo leilão da obra, intitulada "Comedian" | Reprodução/Leilão Sotheby's
Em 2019, o artista italiano Maurizio Cattelan criou uma obra de arte um tanto quanto diferente. A obra consiste em uma banana presa com uma fita adesiva, exposta há cerca de cinco anos no Art Basel, em Miami, nos Estados Unidos. Agora, o item curioso pode ser leiloado por US$ 1 milhão (R$ 5,75 milhões).
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A empresa Sotheby's será a responsável pelo leilão da obra, intitulada “Comedian”. Para quem quiser aquirir a arte, o leilão ocorre nesta quarta-feira (20/11). Para participar basta realizar um cadastro no site da empresa.
Antes do leilão, a obra passou por uma turnê mundial, incluindo cidades como Londres, Paris, Milão, Hong Kong, Dubai, Taipei, Tóquio e Los Angeles.
A mesma empresa leiloará, em dezembro, a placa mais antiga com os Dez Mandamentos da Bíblia gravados, com aproximadamente 1.500 anos.
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A empresa não especificou o motivo pelo alto valor da peça, apenas afirmou em nota que o objetivo do artista ao criar a obra era criticar o conceito de arte e provocar pensamentos sobre o assunto, o que não tirou os holofotes do produto desde então.
“Sua aparição inicial, [em 2019], atraiu multidões recordes, dividiu espectadores e críticos e causou tanto pandemônio que teve que ser removido do local antes do fim da exposição. Amplamente venerado e fortemente contestado - e comido não apenas uma, mas duas vezes - o trabalho foi manchete em diversos locais ao redor do mundo”, escreveu o Sotheby's.
Enquanto a obra estava exposta em Miami, em 2019, o artista performer norte-americano David Datuna publicou um vídeo nas redes sociais em que caminha até a banana, a tira da parede branca, descasca e come na frente do público.
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Ele intitulou sua “interpretação artística” de “Hungry Artist” (“Artista com fome”). No Instagram, o artista escreveu: “Adoro o trabalho de Maurizio Cattelan e realmente amei essa instalação. Estava uma delícia!”
Alguns especialistas afirmaram, à época, que ele não destruiu a obra, já que o trabalho artístico é mais uma ideia do que apenas algo físico. Tanto que, após a intervenção de Datuna, a banana foi substituída rapidamente por outra.
Já no ano passado, um aluno da Coreia do Sul comeu a banana exposta no Leeum Museum of Art, em Seul. Noh Huyn-sso afirmou que comeu porque estava com fome. Em uma entrevista à TV local, o estudante afirmou que a fruta é trocada com frequência, porque a instalação exige que a banana seja fresca.
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E, como a banana é sempre substituída, o chefe de arte contemporânea da Sotheby's afirmou que quem ganhar no leilão de quarta-feira não estará comprando a banana em si, mas um certificado de autenticidade que concede ao proprietário a permissão e autoridade para reproduzir a obra onde preferir.
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