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Entretenimento
Nascida em Araras e consagrada em São Paulo, Dona Inah dedicou boa parte da vida à cultura brasileira
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Dona Inah | Reprodução/Ó do Borogodó
Morreu nesta segunda-feira a cantora Dona Inah, nome celebrado entre os sambistas de São Paulo, em uma casa de repouso na região metropolitana da Capital. Ela tinha 87 anos. A informação foi postada na página dedicada à artista no Facebook e confirmada pela reportagem da Gazeta.
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"Dona Inah… é tanto pra agradecer! O canto da noite mais intenso, a generosidade, a alegria que eram as suas noites! O cigarrinho escondido, a coca batizada, o deboche afiado, a pura felicidade do encontro. Nós te amamos muito e (graças!) dissemos muitas vezes. Saravá, Dona Inah!", escreveu o perfil do bar Ó do Borogodó, em Pinheiros, na zona oeste de São Paulo, onde a artista costumava se apresentar.
Ainda não há informações sobre o velório.
Dona Inah
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Ignês Francisco da Silva, conhecida como Dona Inah, era cantora de samba desde os 14.
Após décadas mostrando sua voz rouca, elegante e exata em programas de rádio, bares e pequenas casas de espetáculo de São Paulo, esta paulista de Araras gravou o primeiro CD em 2005, aos 69 anos, batizado de Divino Samba Meu (gravadora CPC-Umes).
A estreia tardia foi bem recebida pela crítica e público. Ironicamente, nesse mesmo ano ela conquistou o Prêmio Tim de Música Brasileira na categoria “Revelação”.
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“Como com o Cartola, passou-se muito tempo para realizar o grande desejo de gravar um trabalho completo. Agora vivo o período mais feliz da minha vida”, disse a senhora de 1,55m, com um discreto e elegante sorriso de satisfação, em 2007, em entrevista a este repórter.
Entre os fatores que impediram sua ascensão no mercado fonográfico ainda jovem estava a necessidade de trabalhar arduamente durante o dia. Dona Inah exerceu diversas profissões, como babá, empregada doméstica e cozinheira. “E, à noite, corria para cantar nos bares”.
Em 1985, começou a trabalhar na Prefeitura de São Caetano do Sul. Aposentou-se dez anos depois e, desde então, dedicou-se exclusivamente à música. A cantora ainda lançou um segundo álbum, que contou exclusivamente com sambas de Eduardo Gudin, um dos expoentes paulistanos do estilo.
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“Ele, ao lado de Noel Rosa, Nelson Cavaquinho e Geraldo Pereira, está na categoria dos melhores compositores de samba de todos os tempos”. Ah, mas qual é o seu preferido? Cartola, é claro.
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