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Timothée Chalamet traz um retrato fiel de Bob Dylan | Divulgação/Searchlight Pictures
Apesar das oito indicações ao Oscar 2025, “Um Completo Desconhecido” não é bem recebido por toda a crítica. Enquanto a atuação é elogiada, especialmente a de Timothée Chalamet, a velocidade e detalhamento da narração é brutalmente criticada.
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Bob Dylan é interpretado por Timothée, que é protagonista de dois dos principais filmes da temporada de premiações de 2025. O filme faz um recorte dos anos 1961 a 1965, bem no início da carreira do cantor.
A história segue os padrões de cinebiografia de Hollywood, e o faz de modo esplêndido. Entretanto, a crítica afirma que o filme ficou no nível básico, cumprindo somente com o que prometeu, sem entregar nada a mais.
“Saí do filme me sentindo distante de Bob Dylan. Isso parece ser intencional, mas não deixa de ser frustrante do ponto de vista da narrativa”, afirma Mae Abdulbaki ao site de críticas de cinema Screen Rant.
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Com o terceiro maior custo entre os indicados a Melhor Filme no Oscar 2025 (cerca de US$ 65 milhões), “Um Completo Desconhecido” revive a Nova York dos anos 1960, quando Bob Dylan chegava à cidade para seguir seu amor pela música.
O contexto da Guerra Fria, que inspirou muitas canções de protesto de Dylan, é bastante explorado no filme. Acontecimentos marcantes, como a Guerra do Vietnã e as mortes de Malcom X e John F. Kennedy foram retratados na obra.
A história tem um ponto de virada quando Dylan conhece suas grandes inspirações, Woody Guthrie e Johnny Cash, através de seu padrinho musical, o cantor de folk Pete Seeger. As músicas interpretadas por eles são de arrepiar.
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Os atores cantaram ao vivo as canções do filme. Um dos momentos que mais emociona na obra é a apresentação de Dylan com sua namorada Joan Baez, interpretada por Monica Barbaro.
Com 80% de aprovação no Rotten Tomatoes, “Um Completo Desconhecido” acumula críticas e elogios. O ponto alto do filme é, sem dúvida, a atuação tanto dos personagens principais quanto dos coadjuvantes.
As músicas interpretadas ao vivo criam uma atmosfera real ao espectador, que acredita estar vendo uma gravação saída dos anos 1960. Timothée Chalamet é fortemente elogiado por ter conseguido reproduzir exatamente o estilo vocal de Dylan.
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David Fear, em sua crítica pela Rolling Stone, afirma que“Chalamet não está se transformando em Bob Dylan. Ele está cuidadosamente criando uma performance que evoca o cantor, enquanto canaliza algo selvagem e mercurial no ar.”
Richard Lawson, da Vanity Fair, diz que foi surpreendido positivamente pela obra, que tem profundidade e fidelidade histórica.
“‘Um Completo Desconhecido’ é, para surpresa deste crítico, nada entediante e superficial. Mesmo um cético pode ser levado pela sua mistura intensa de avaliação descontraída e admiração genuína”
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Entretanto, outra linha de críticos acredita que o filme falhou em alguns aspectos. Apesar das mais de duas horas de duração, alguns pontos do filme foram pouco explorados e acontecem rápido demais.
Os conflitos que levariam o protagonista a tomar certas decisões não ficam muito explícitos na trama. Os saltos temporais são longos, o que faz o espectador se perder ao longo do caminho.
Apesar disso, o filme também fica repetitivo em algumas partes, explorando a aversão de Dylan à fama. É o que diz David Rooney em sua crítica no The Hollywood Reporter.
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“O filme perde um pouco o fôlego e fica repetitivo na metade. O cenário de Bob sendo adorado por fãs e reagindo de forma mal-humorada se desenrola repetidamente”
Apesar do debate, o filme foi bem aceito e fez sucesso na temporada de premiações. Na categoria de Melhor Filme, é um forte concorrente ao brasileiro "Ainda Estou Aqui".
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