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Guilherme de Pádua comenta nas redes sociais sobre a série "Pacto Brutal"

O ex-ator e agora pastor batista Guilherme de Pádua foi às redes sociais para comentar a série "Pacto Brutal", produção que rememora o assassinato de Daniella Perez

Natália Brito

25/07/2022 às 10:40  atualizado em 25/07/2022 às 10:50

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Guilherme de Pádua

Guilherme de Pádua | Reprodução/YouTube

O ex-ator e agora pastor batista Guilherme de Pádua foi às redes sociais na noite deste domingo para comentar a série "Pacto Brutal", produção documental que rememora o assassinato de Daniella Perez e que estreou na última quinta-feira (21). "É totalmente parcial", diz ele num longo vídeo postado em seu perfil, que é fechado para o público em geral.

De Pádua, que foi condenado a 19 anos de prisão pela morte da atriz, filha da autora de novelas Gloria Perez, afirma que tem procurado pensar o mínimo possível no crime, ocorrido em 1992. "Não vou me fazer de vítima, mas não é nada agradável [essa situação]", afirma. "Já passei noites tentando consertar, mas não tem como consertar o passado."

Guilherme de Pádua diz ainda que viu "Pacto Brutal" assim que ela estreou, na semana passada.

"Você vai assistir a uma série totalmente parcial. Um trabalho jornalístico pretende trazer todas as provas, apresentar as evidências", continua. "E a HBO tinha condições de fazer uma coisa bastante completa e dar a nós, espectadores, o direito de fazermos a nossa própria análise. A HBO perdeu essa oportunidade."

A versão apresentada ali, naqueles dois primeiros episódios que foram ao ar, são as da acusação, diz ele. "Eu consigo quebrar de forma devastadora algumas das teses que estão sendo apresentadas. A HBO, tão famosa, tão profissional, deu uma bobeira dessas, deixou essa lacuna."

Hoje aos 52 anos, e tendo cumprido sete anos em regime fechado, De Pádua disse que cogita "trazer algumas coisas" sobre o caso, sem especificar exatamente o quê. "Pode aguardar. Se eu trouxer alguma coisa de novidade, eu vou dar a você a oportunidade de tirar as suas conclusões", afirmou ele, olhando para a câmera.

Na noite de 28 de dezembro de 1992, o corpo de Daniella foi encontrado num matagal na Barra da Tijuca, perfurado por cerca de 18 punhaladas realizadas com uma tesoura que feriram seus pulmões e o coração.

Cada um dos dois foi condenado por homicídio qualificado a uma pena de quase 20 anos de prisão, após o júri popular acatar a tese da acusação de que o casal premeditou o crime –ela, por ciúmes do marido; ele, por vingança contra a autora da novela, já que seu papel na trama vinha sendo reduzido. O ator não queria deixar o romance da trama acabar, é o que defende a tese do seriado.

Os dois têm versões diferentes. Paula Thomaz nega que tenha participado. Guilherme de Pádua, que, em depoimentos à polícia, assumira a culpa, depois passou a sustentar a tese de que a sua então mulher, tomada de ciúmes pela relação dos dois parceiros de cena, é quem teria se atracado com Daniella Perez no matagal.

Há cinco anos, o ex-ator se tornou pastor da Igreja Batista da Lagoinha, em sua cidade natal, Belo Horizonte. Guilherme de Pádua concedeu poucas entrevistas sobre o caso, mas seu nome sempre reaparece por aí, como quando criou um canal no YouTube para falar de sua conversão religiosa. Numa de suas últimas aparições públicas, em 2020, foi às ruas num protesto pró-Bolsonaro.

Guilherme de Pádua e Paula Thomaz se separaram logo depois do crime. Hoje um pastor batista em Belo Horizonte, ele se casou com a maquiadora Juliana Lacerda em 2017.

"Casei com o Guilherme porque o amo de verdade e ele é a realização de um sonho em minha vida", disse Lacerda ao jornal Extra na época da cerimônia. "Ele é um homem maravilhoso, só quem o conhece sabe o quanto. Ele não é rico, tem um passado triste, mas, mesmo assim, costumo dizer que ele é o meu marido cem vezes mais."

"Procurem saber do caso aí direitinho que vocês vão saber o que aconteceu", disse ela depois, nas redes sociais, emendando que "coisas absurdas aconteceram" após o crime. "Se eu for falar aqui, vai ser muito polêmico, muito chocante para vocês", disse. "O Guilherme não é assassino de ninguém."

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