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Entretenimento
Obra retrata a Revolta dos Malês, o maior levante organizado por escravizados na história do Brasil que completou 190 anos
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Filme dirigido por Antônio Pitanga tem participação de Rocco e Camilia Pitanga no elenco | Foto: Divulgação
O filme “Malês”, dirigido por Antônio Pitanga, irá ganhar uma série na Rede Globo, com capítulos de 30 minutos de duração. A data de estreia ainda não foi divulgada.
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A obra retrata a jornada de um casal muçulmano arrancado de sua terra natal na África e vendido como escravo no Brasil. Separados por um destino cruel, eles lutam para sobreviver e se reencontrar, enquanto se veem envolvidos na Revolta dos Malês.
O drama é baseado nos fatos históricos do maior levante organizado por pessoas escravizadas da história do Brasil. Liderada por africanos muçulmanos conhecidos como ‘malês’, a insurreição ocorreu em 25 de janeiro de 1835 e mobilizou a população negra de Salvador contra a escravidão.
“O meu sonho era trazer uma história que muitos não contam e humanizá-la de uma maneira para que [o enredo] seja impactante no século XXI. Concluído a obra, quero levar pras escolas e universidades, os quilombos e a África”, afirma Antônio Pitanga, durante coletiva de imprensa na 28ª Mostra de Cinema de Tiradentes.
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A rebelião foi liderada por Pacífico Licutan, Manuel Calafate e Luís Sanim, vividos por Antônio Pitanga, Bukassa Kabengele e Thiago Justino, respectivamente. O elenco também conta com Rocco Pitanga, Samira Carvalho, Camila Pitanga e Patrícia Pillar.
A produção custou R$ 17 milhões e demorou quase três décadas para chegar às telas do cinema. “É difícil que uma história que emana do povo, liderada por comunidades negras, consiga apoio financeiro direto”, relata com pesar o diretor.
Em celebração a data histórica, o sábado (25/1) foi marcado por uma importante mudança na capital baiana. A Ladeira que liga a Praça Municipal à Baixa dos Sapateiros, localizada em frente a Prefeitura de Salvador, agora se chama oficialmente Ladeira Revolta dos Malês. A lei foi proposta pela vereadora Marta Rodrigues (PT) e sancionada pelo prefeito Bruno Reis (União).
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“O meu olhar é para a formação do povo brasileiro e Malês é um desses importantes indicadores dentro de tantos outros. A gente tem que saber minimamente quem somos, já que sofremos tantas tentativas de colonização. Esses movimentos dão identidade ao brasileiro e a sua própria história”, conclui.
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