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Exposição gratuita de artista potiguar está em cartaz em SP

Curador destaca tanto as obras emblemáticas quanto as menos conhecidas do artista

Mariana Ribeiro

13/08/2024 às 15:00  atualizado em 13/08/2024 às 15:10

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Artista era semianalfabeto, fotógrafo e pintor

Artista era semianalfabeto, fotógrafo e pintor | Adriano Rosa/Exposição A.R.L - Vida e Obra

Uma imersão na vida e na produção do artista potiguar Antônio Roseno de Lima está aberta ao público até a próxima segunda-feira (19/8). É a mostra “A.R.L. Vida e Obra”, que pode ser visitada diariamente (exceto às terças), das 9h às 20h, no prédio anexo do Centro Cultural Banco do Brasil. 

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Os ingressos para a exposição são gratuitos, mas é necessário retirá-los na bilheteria do CCBB-SP ou neste site.

“A resposta do público tem sido extremamente positiva e emocionante. Muitas pessoas têm expressado um profundo encantamento ao se deparar com a riqueza e a franqueza da obra de A.R.L., comenta Amanda Grispino, uma das produtoras da mostra.

Quem foi Antônio Roseno de Lima?

Nascido em Alexandria, no Rio Grande do Norte, em 1926, Antônio Roseno de Lima era semianalfabeto, fotógrafo e pintor.

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Adriano Rosa/Exposição A.R.L - Vida e Obra
Adriano Rosa/Exposição A.R.L - Vida e Obra
Adriano Rosa/Exposição A.R.L - Vida e Obra
Adriano Rosa/Exposição A.R.L - Vida e Obra
Mateus Baranowsk/Exposição A.R.L - Vida e Obra
Mateus Baranowsk/Exposição A.R.L - Vida e Obra
Adriano Rosa/Exposição A.R.L - Vida e Obra
Adriano Rosa/Exposição A.R.L - Vida e Obra

O artista morou na roça até os 22 anos e começou a trabalhar desde cedo, produzindo gaiolas e objetos de madeira. Em 1959, ele partiu em busca de uma vida nova em São Paulo. 

Roseno tirou de sua dura realidade a inspiração para criar suas obras, que são o reflexo da mais pura e encantadora arte bruta. Autorretratos, onças, vacas, galos, bêbados, mulheres, personalidades e presidentes foram seus temas principais.

Morador da favela Três Marias, em Campinas, onde residiu de 1962 até sua morte, em junho de 1998, Roseno expressava seus sonhos e observações do cotidiano por meio de suas pinturas, muitas vezes com materiais improvisados encontrados no lixo, como pedaços de latas, papelão, madeira e restos de esmalte sintético.

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O artista tratava suas obras sempre com cuidado; na parte de trás de cada quadro fazia uma lista de recomendações para o mesmo durar o maior tempo possível, falava do processo de execução e, com a ajuda de amigos, registrava recados como:

"Quem pegar esse desenho guarda com carinho. Pode lavar. Só não pode arranhar. Fica para filhos e netos. Tendo zelo, dura meio século."

Sobre a exposição 

Geraldo Porto, curador da exposição, destaca tanto as obras mais emblemáticas quanto as menos conhecidas do artista, permitindo ao visitante uma visão abrangente do percurso artístico de Roseno. 

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Além disso, foram preparadas instalações interativas e conteúdos multimídia que ajudam a contextualizar o trabalho do artista, enriquecendo ainda mais a experiência dos visitantes.

Porto, que é professor doutor do Instituto de Artes da Unicamp, comenta que viu os quadros do artista pela primeira vez em uma exposição coletiva de artistas primitivistas no Centro de Convivência Cultural de Campinas, em 1988.

"Naquele instante, tive a certeza de estar diante de um artista raro", diz. 

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Depois de conhecido, passou a ser “chamado pelos jornalistas de 'pintor pop da favela', porque seus quadros misturavam imagens, fotografias, propagandas e palavras como nos cartazes comerciais”, explica Porto, acrescentando que Antônio Roseno desconhecia não somente este, mas qualquer outro movimento artístico.

Por isso, sua simplicidade vira destaque em uma mostra cheia de detalhes e detalhamentos.

“A.R.L. Vida e Obra” de Antônio Roseno de Lima | Centro Cultural Banco do Brasil

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Onde? Prédio anexo: rua da Quitanda, 80 – Centro Histórico
Quando? Até 19/8
Funcionamento: Aberto diariamente, das 9h às 20h, exceto às terças.
Ingressos gratuitos: Disponíveis neste site e na bilheteria física do CCBB-SP
Classificação Indicativa: Livre
Como chegar?
Estacionamento: O CCBB possui estacionamento conveniado na Rua da Consolação, 228 (R$ 14 pelo período de 6 horas
Transporte público: O Centro Cultural fica a 5 minutos da estação São Bento do Metrô.
Van: Ida e volta gratuita, saindo da rua da Consolação, 228. No trajeto de volta, há também uma parada no metrô República. Das 12h às 21h.

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