Estatueta do Melhor Filme Internacional não fica com Walter Salles; entenda por quê

A estatueta do Oscar de Melhor Filme Internacional recebida neste domingo (2/3) não ficará com o diretor Walter Salles.

As estatuetas ficam em posse do país e não com o diretor do filme. A premiação mantém uma tradição: o prêmio é recebido por quem dirigiu o filme, mas a estatueta fica em posse do país que o título representa.

Ainda não há informações de onde exatamente a estatueta ficará abrigada. O filme brasileiro "Ainda Estou Aqui" venceu o prêmio de melhor filme internacional no Oscar 2025, neste domingo (2/3) em Los Angeles (EUA).

"Em nome do cinema brasileiro, é uma honra tão grande receber isso de um grupo tão extraordinário. Isso vai para uma mulher que, depois de uma perda tão grande no regime tão autoritário, decidiu nao se dobrar e resistir... Esse prêmio vai para ela: o nome dela é Eunice Paiva. E também vai para as mulheres extraordinárias que deram vida a ela. Fernanda Torres e Fernanda Montenegro", disse Walter Salles durante seu discurso e agradecimento.

Ele também citou os nomes de Tom Bernard e de Michael Baker, executivos da Sony Pictures Classic, principal produtora internacional do filme.

Ainda estou aqui

O filme tem colecionando grandes feitos. Ele ultrapassou a marca de R$ 100 milhões em bilheteria global e já levou mais de 4 milhões de brasileiros ao cinema.

A produção foi selecionada para disputar três categorias do Oscar, incluindo melhor atriz para Fernanda Torres. O filme ainda concorreu a Melhor Filme. 

Entre os vários prêmios já conquistados pelo longa, está o de melhor atriz de drama para Fernanda Torres no Globo de Ouro.

Baseado em livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva, "Ainda estou aqui" é a história real de Eunice que cria seus cinco filhos enquanto busca a verdade sobre o sumiço do marido, Rubens, levado por militares durante a Ditadura.