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Instituto esclarece que pedido não configura ato de censura, mas, sim, uma exigência de coerência com os princípios constitucionais e tratados internacionais firmados pelo Brasil
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Caso aconteceu em um show realizado em Salvador, em dezembro do ano passado | Tom Zé/AgNews
A cantora Claudia Leitte foi acusada de cometer racismo religioso ao remover a palavra “Iemanjá” da música Caranguejo (Cata Caranguejo). Após as polêmicas, a artista pode enfrentar restrições para se apresentar em eventos públicos em Salvador, na Bahia.
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O Instituto de Defesa dos Direitos das Religiões Afro-brasileiras (Idafro) protocolou uma petição no Ministério Público da Bahia (MPBA) solicitando que o órgão recomende ao governo estadual e à Prefeitura de Salvador que não contratem a cantora para eventos públicos.
O Instituto informa que a petição foi encaminhada à juíza Lívia Santana e Sant’Anna Vaz, da Promotoria de Justiça Especializada no Combate ao Racismo e à Intolerância Religiosa.
A equipe esclareceu ainda que o pedido não configura um ato de censura, mas, sim, uma exigência de coerência com os princípios constitucionais e tratados internacionais firmados pelo Brasil.
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Segundo o Instituto, a petição seguirá para análise, que pode acatar a recomendação ou adotar outras medidas.
O caso aconteceu em um show realizado em Salvador, em dezembro do ano passado, durante o ensaio de verão da artista no Candyall Guetho Square, onde fica a sede da Timbalada - banda criada por Carlinhos Brown.
Em vídeos que viralizaram na web, a cantora aparece cantando “Eu canto meu Rei Yeshua” (Jesus em hebraico) ao invés de “Saudando a rainha Iemanjá”, como já fez em outros shows pelo Brasil desde 2014, mesmo período em que se converteu evangélica. A substituição da palavra Iemanjá na música gerou polêmica nas redes sociais.
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O momento gerou uma série de críticas em relação à intolerância religiosa, inclusive da deputada estadual Leci Brandão (PCdoB), que é parlamentar da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) e uma das sambistas mais respeitadas do País.
O MP-BA informou que recebeu a denúncia por meio da Iyalorixá Jaciara Ribeiro e do Instituto de Defesa dos Direitos das Religiões Afro-brasileiras (Idafro). O inquérito foi instaurado por meio da Promotoria de Justiça de Combate ao Racismo e à Intolerância Religiosa.
O procedimento investigará a responsabilidade civil por possível ato de racismo religioso, caracterizado pela violação de um bem cultural e dos direitos das comunidades religiosas de matriz africana, sem prejuízo de eventual responsabilização criminal.
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