Eduardo Costa vira réu por estelionato; entenda

O cantor Eduardo Costa que faz sucesso com músicas do gênero sertanejo se tornou réu após uma denúncia do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) na qual ele é apontado como suspeito do crime de estelionato. A denúncia foi aceita pela Justiça de Minas Gerais nesta quinta-feira (3). 

Agora, o artista deve se defender junto ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) na acusação que envolve a compra de um imóvel na cidade de Capitólio, no sul de Minas. Na transação, o sertanejo e seu cunhado e também sócio, teria omitido a informação de que o terreno era alvo de ações judiciais, o que o teria beneficiado de forma ilícita. 

Na decisão decisão publicada na última segunda-feira (31), o juiz José Xavier Magalhães Brandão diz: "Preenchidos os pressupostos processuais e as condições para o exercício da ação penal, não estando inepta a denúncia e presente a justa causa, recebo a denúncia, nos termos do art. 395, do CPP". 

Também ficou determinado pelo magistrado que "a citação pessoal dos acusados e se for o caso, por carta precatória, para apresentarem resposta à acusação no prazo de 10 (dez) dias". O texto conta com informações do g1.

A Polícia Civil iniciou as investigações em 2017 quando, segundo a corporação, Eduardo Costa negociou o imóvel em Capitólio em troca de uma casa, que pertencia a um casal, na Região da Pampulha, avaliada em R$ 9 milhões e localizada em Belo Horizonte. 

À época, a polícia verificou que o imóvel em Capitólio valia entre R$ 6,5 milhões e R$ 7 milhões. Contudo, segundo a denúncia do MPMG, o terreno foi avaliado em R$ 5,6 milhões. Uma lancha, um carro de luxo e uma moto aquática seriam então usados pelo cantor para pagar a diferença de valores.

Quando o casal tentou registrar o terreno de 4 mil metros quadrados de era alvo de uma ação civil pública do Ministério Público Federal (MPF) e de uma ação de reintegração de posse com pedido de demolição de construção ajuizada por Furnas Centrais Elétricas.  

O que diz Eduardo Costa

Ao prestar depoimento no Departamento Estadual de Investigação de Fraudes, em Belo Horizonte, o cantor afirmou que não agiu com má-fé e que o casal sabia das condições do terreno. A informação é negada pelo advogado dos compradores, Arnaldo Soares Alves.