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Douglas Germano lança álbum malandro e engajado para exaltar a espontaneidade

Douglas Germano e o grupo Batuqueiros e Sua Gente lançam Partido Alto, que caminha entre a malandragem de partideiros e o engajamento por um país melhor

Bruno Hoffmann

21/08/2021 às 14:01  atualizado em 01/10/2021 às 19:39

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Douglas Germano

Douglas Germano | Reprodução/Festival Amparo

Dois anos depois de lançar a obra-prima Escumalha, o compositor paulistano Douglas Germano jogou ao mundo nesta sexta-feira (20) o álbum Partido Alto, gravado em parceria com o conjunto Batuqueiros e Sua Gente. São 10 composições de Douglas com arranjos do grupo, entre partidos-altos e outros estilos populares.

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“O disco, além de conter partido-alto, faz um passeio por outros gêneros da música brasileira que utilizam a improvisação em suas formas espontâneas”, explicou o compositor. Já o jornalista Bruno Ribeiro definiu o lançamento: "Partido Alto é samba da pesada, popular, moderno, atrevido, engajado e malandro".

O disco traz músicas bem-humoradas e espertas, que soam como desafios de malandros em rodas de partido-alto. A obra de Douglas Germano - e não é de hoje - também é marcada por questões sociais, pela busca eterna por um Brasil melhor. Essa característica é colocada ora sutilmente, ora como uma bomba, como é o caso de Capitão do Mato, lançada uma semana antes para convidar para a estreia do álbum.

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Capitão do Mato versa, de forma tensa, sobre o sujeito que, para defender os que já tem voz, para defender o patrão, “bate sem dó, arreia o pau nos irmão”.  “Ele nem parece um de nós”, conclui a letra, em um arranjo elaborado de Gian Correa, do Batuqueiros e Sua Gente.

Em entrevista ao programa Metrópolis, da “TV Cultura”, em 2016, o artista explicou a verve social de suas composições, ao ser questionado se se considerava um artista engajado: “A arte é engajada. Se não for para assim, eu não saberei fazer”.

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O paulistano já lançou quatro discos próprios, além de ter colocado clássicos na boca de outros artistas, como Criolo e Kiko Dinucci. Elza Soares, por exemplo, gravou Maria da Vila Matilde e O Que Se Cala, canções que se tornaram sucessos radiofônicos.

O álbum Escumalha, lançado em 2019, sacramentou seu nome como um dos compositores mais importantes do Brasil. O disco traz uma coleção de preciosidades: Valhacouto (composta em parceria com Aldir Blanc), Escumalha, Marcha de Maria e Tempo Velho. Essa última se tornou uma espécie de hino de um bocado de gente para os tempos duros da pandemia.

Tempo Velho foi composta originalmente para falar sobre a figura do preto velho e seria lançada pela cantora Fabiana Cozza, mas acabou entrando antes em Escumalha. A canção sugere ao interlocutor: “Ponha essas folha, se banha, se benze / Pede pras alma, agradece três Ave-Maria / Faz teu caminho de bem e se alembra / Que o mundo mais lindo só tem em pedra pequenina...”.

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No início deste mês, em uma apresentação sem público transmitida pela internet, Douglas resumiu sua visão sobre Tempo Velho: “É um pouco de esperança para a gente conseguir ir seguindo”. Agora, com Partido Alto, ele lança mais uma boia para se segurar na espera de mares mais calmos.

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