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Débora Otoni fala sobre seu livro "Teologia de Parquinho" e Bienal de São Paulo

Livro de crônicas escrito em parceria com a irmã Raquel Araújo, aborda de forma leve e divertida, temas cotidianos ou delicados da maternidade

Igor de Paiva

07/09/2024 às 09:30

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Nesta entrevista exclusiva a Gazeta de S.Paulo, Débora reflete sobre o impacto de sua obra

Nesta entrevista exclusiva a Gazeta de S.Paulo, Débora reflete sobre o impacto de sua obra | Willian Girelli

A autora Débora Otoni está prestes a participar da Bienal do Livro de São Paulo, um evento de grande prestígio no universo literário, para lançar seu mais recente trabalho, Teologia de Parquinho – Crônicas de Encontros com Deus no Maternar, escrito em coautoria com sua irmã, Raquel Araújo. A obra que explora a complexidade e a beleza da maternidade, tem sido amplamente discutida por abordar temas sensíveis e muitas vezes invisibilizados na sociedade, como o peso emocional que as mães carregam em sua jornada.

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Nesta entrevista exclusiva a Gazeta de S.Paulo, Débora reflete sobre o impacto de sua obra, as motivações que a levaram a abordar temas como depressão pós-parto e o lugar da espiritualidade no cotidiano materno. Além disso, ela fala sobre a importância de estar na Bienal pela segunda vez, as influências literárias que permeiam seu trabalho e o potencial transformador que o livro pode ter para mulheres de diferentes crenças e contextos.

Você está prestes a participar da Bienal de São Paulo com seu novo livro. O quão importante e emocionante isso é para um escritor?

Estar na Bienal é a comprovação de que nossos leitores e leitoras são verdadeiros cúmplices de nossa jornada, nos levando cada vez mais longe e compartilhando o que leem com mais pessoas. É muito importante estarmos em uma Bienal pela segunda vez, pois nos mostra que o que escrevemos e publicamos faz sentido e tem tocado a vida de quem nos lê.

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Você dá voz, no seu trabalho, a questões geralmente invisibilizadas, oprimidas e estigmatizadas em relação à vida das mulheres e mães. Foi difícil criar coragem para vocalizar essas questões em alto e bom som?

Na verdade, não. Eu tenho uma família incrível e amigos que me ajudam a ser sincera com sensibilidade, e não me julgam ou ‘me cancelam’ quando eu preciso colocar pra fora algumas verdades e dores entaladas. Carregar uma vida fake é pesado demais, e vamos combinar que a carga da mulher já está no nível de sobrepeso há muito tempo, né?!

Além disso, você também aborda assuntos delicados, como a depressão pós-parto, experiência pela qual você mesma já passou. Como encontrou forças para enfrentar esses temas e compartilhar isso com outras mulheres?

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Eu vi que outras sofriam, sofreram ou iriam sofrer essas coisas todas. O processo exige coragem e resiliência, mas saber que você não está sofrendo e doída sozinha é um alívio (risos). A empatia é o acolhimento do que cada uma sente. Alguém que diz “estou aqui, também, e estou vendo o que você sente” faz toda diferença.

Seu livro está chegando por um selo notoriamente cristão, além de você mesma ser reconhecida assim e o título falar claramente sobre Deus. Você diria que o seu livro é voltado para esse público, ou pessoas de outras religiões, ou sem religão, podem também encontrar proveito na leitura?

Acho que o livro vai, e fala, para além da religião em si. Ele discorre sobre nosso relacionamento com Deus e nossa espiritualidade, e pode inspirar a mulher que está na mesma fase que a gente a se conectar com as realidades das suas crenças e convicções, sejam elas quais forem.

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Como se dá esse "encontro com Deus" no maternar em seu livro?

Esse encontro acontece no meio das coisas corriqueiras e comuns, quando a gente se atenta pro cuidado de Deus e as orientações Dele pra gente. Não é forçado. Não preciso manipular o divino. Ele está. E isso muda tudo. Até a forma como a gente encara a tarefa.

Quais são suas maiores influências literárias?

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Eu tenho tentado ler mais as autoras brasileiras, as nossas grandes poetisas e contadoras de histórias. No momento, estou imersa em algumas coisas sobre psicologia infantil e maternidade. Mas, sempre que posso, volto pra Clarice, Adélia, Cecília, Fernanda, etc.

Qual o impacto que você acha que um livro como esse pode ter sobre a sociedade?

Eu acho que pode ser um abraço nas mães que se sentem cobradas por não terem uma rotina espiritual “exemplar”. O padrão e a comparação são cruéis, e a gente precisa ajudar todas essas mulheres – principalmente as que estão na função do cuidar – a quebrarem as réguas. Não precisamos medir ninguém, nem a nós mesmas. Não estamos em uma competição. Eu quero isso: simplificar, aliviar, divertir, abraçar e fazer suspirar.

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