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Precursor do hip-hop nacional celebra 4 décadas de atividades com show e EP; artista também está em O Homem Cordial, filme que estreia na quinta
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Thaíde | Reprodução/Instagram do artista
O multiartista Thaíde fez neste fim de semana, no Itaú Cultural, em São Paulo, seus primeiros dois shows da turnê Thaíde 40 anos de Hip Hop, para celebrar a trajetória iniciada em 1983, quando começou a dançar break pelas ruas do centro da Capital. De lá para cá, se tornou figura fundamental para a popularização do rap no Brasil, comandou programas de TV e lançou projetos paralelos, sempre com o hip-hop como fio-condutor.
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Na esteira dos lançamentos pela efeméride o artista também lançou na semana passada o EP Black Brasa, que conta com 4 músicas e está disponível pelas plataformas digitais. Para coroar a celebração, estreia nos cinemas do País nesta próxima quinta-feira (11) o filme O Homem Cordial, dirigido por Iberê Carvalho, em que o rapper tem um papel de destaque na trama protagonizada por Paulo Miklos.
A reportagem da Gazeta esteve no show de estreia da turnê neste domingo (7) no Itaú Cultural– que começou com Corpo Fechado, o primeiro grande sucesso do rap nacional – e conversou com o artista, que explicou as transformações que viu na indústria musical durante sua trajetória.
Segundo ele, a principal mudança que houve na cultura hip-hop dos anos 1980 para hoje foi o avanço da tecnologia, que permitiu que os artistas passassem a ter uma facilidade e independência incomparáveis para gravar em comparação há 40 anos.
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“A tecnologia possibilitou várias mudanças no mundo inteiro, principalmente no cenário musical. Hoje, existem ainda as gravadoras, os selos, mas estamos muito mais independentes. Não dependemos mais da divulgação exclusiva de uma gravadora ou de uma distribuidora”, afirmou.
“Isso não quer dizer que as gravadoras ainda não sejam relevantes, que não possam ajudar o artista, mas hoje é muito melhor o artista andar com as próprias pernas. Se ele tomar um tombo, ele sabe por que tomou o tombo e o quanto vai gastar com remédio”, completou ele.
Ainda conforme o Thaíde, o preço para gravar um disco nas décadas de 1980 e 1990 tornava difícil haver novos artistas na velocidade dos dias atuais: “Antigamente, ninguém tinha estúdio em casa, e não tinha como a gente pagar. E não tinha que fazer só uma música, mas um disco inteiro. Se uma música é cara, imagina o disco inteiro. A tecnologia possibilitou que a gente pudesse se tornar mais independente”.
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‘O Homem Cordial’
Em relação a O Homem Cordial, Thaíde contou que o longa-metragem mostra um lado real e amargo do País. “O filme é atual, e infelizmente real. Queria que fosse apenas uma ficção, mas é um filme que mostra o Brasil como ele é e não quer ver”, explicou.
A reportagem também conversou com o diretor Iberê Carvalho. O cineasta revelou que o filme conta a história de um vocalista de uma banda de rock (chamada Instinto Radical) que havia feito sucesso nos anos 1980, vivido por Paulo Miklos, que está querendo voltar aos palcos. Só que viraliza na internet um vídeo que coloca o protagonista no meio de uma polêmica.
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“Nesse cancelamento, ele acaba reencontrando um dos ex-integrantes da banda, que é o Thaíde. Então, junto com o Thaíde, ele vai tentar encontrar a raiz do problema, em um mergulho na cidade de São Paulo”, contou Iberê Carvalho.
Para saber mais sobre os próximos shows da turnê Thaíde 40 Anos de Hip-Hop e sobre a estreia do filme, acesse instagram.com/thaideoficial.
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