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Ciclorrotas se tornam opções de turismo no estado de São Paulo

Com mais de 1,5 mil quilômetros de rotas ciclísticas, Estado acaba de ganhar novo circuito

Gladys Magalhães

20/10/2023 às 12:00

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Circuito Mata Atlântica tem aproximadamente 350 km

Circuito Mata Atlântica tem aproximadamente 350 km | Secretaria de Turismo de Itapecerica da Serra

No dia 02 de outubro, durante um evento no rooftop do Shopping Light, no centro da cidade de São Paulo, o Centro Intermunicipal da Região Sudoeste da Grande São Paulo (CONISUD) apresentou o Circuito Mata Atlântica, uma ciclorrota com cerca de 350 km, dentro da Mata Atântica.

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A nova rota passa pelas cidades de Cotia, Embu das Artes, Embu Guaçu, Ibiúna, Itapecerica da Serra, Juquitiba, São Lourenço da Serra, Taboão da Serra e Vargem Grande Paulista, sendo que um dos principais objetivos é fomentar o turismo sustentável na região.

De acordo com a Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil) do Governo do Estado de São Paulo, o Circuito Mata Atlântica se junta aos 48 ciclorroteiros do Estado. Destes, segundo o consultor e pesquisador em políticas de mobilidade urbana, Daniel Guth, diretor executivo da Aliança Bike - Associação Brasileira do setor de Bicicletas, que prestou consultoria para o Circuito Mata Atlântica, se destacam o Caminho da Fé, o Circutio dos Cânions Paulista e a Rota da Luz, além do próprio Circuito Mata Atlântica.

“Estes são circuitos que estão bem sinalizados, bem estruturados, que contam com bastante apoio das prefeituras locais. O grande destaque é o Caminho da Fé, que possui em torno de 2,5 mil quilômetros, com vários ramais, incluindo Minas, mas o principal ramal é no estado de São Paulo, de Águas da Prata até Aparecida”, comenta Daniel, que informa que o Caminho da Fé atrai cerca de 45 mil ciclistas por ano.

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Várias opções, mas ainda pode melhorar
Segundo o Semil, o estado de São Paulo vem trabalhando para atender às demandas dos ciclistas, sem deixar de lado as responsabilidades de conservação ambiental. A Secretaria informa que o Estado possui rotas para todos os tipos de ciclistas, ou seja, com todos os níveis de dificuldade, que variam de 1 a 5, sendo 1 a mais leve e 5, a mais extrema.

Para Vinícius Oliveira, gerente da fabricante Oggi Bikes, ainda que o cicloturismo esteja melhorando no Brasil e, em particular no estado de São Paulo, ainda há pontos que podem melhorar.

“No cicloturismo, a viagem vale tanto quanto, ou até mais, do que o destino para onde você deseja chegar. Isso porque, além de apreciar todas as belezas da natureza sem o vidro de um carro, existe um desafio físico e mental envolvido em pedalar vários quilômetros, às vezes em dias consecutivos. São Paulo tem rotas bem estabelecidas, sinalizadas e com ótimo suporte. Mas, no geral, a sinalização é sempre um ponto que está dentro do alcance do poder público e pode ser melhorada. Além disso, o respeito com o ciclista no trânsito é outro ponto que poderia ser maior”, diz Vinícius.

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Como na Europa
O sonho de muitos ciclistas é encontrar no Brasil rotas exclusivas para ciclistas, como acontece na Europa. Porém, ainda que o assunto já tenha sido debatido, não há sinais de que saia do papel rapidamente.

“Algo que ainda falta muito, e vemos em muitos países do mundo, são as ciclovias de turismo, com centenas de quilômetros exclusivos para ciclistas. Há algum tempo, o Governo do Estado, em parceria com a concessionária responsável, apresentou o projeto de uma grande ciclovia no canteiro central de uma rodovia importante que sai da Capital. Mas, até o momento, não vimos sinal dessa obra. Seria uma ótima opção para quem deseja sair de São Paulol e ir em direção a Jundiaí com total segurança, algo que inclusive faria a ligação entre São Paulo e as ciclorrotas do interior, sem precisar pegar o carro ou pedalar no acostamento”, comenta Vincícius.

Quer pedalar?
Para quem se animou e deseja fazer turismo sobre uma bicicleta, Daniel lembra que é preciso começar aos poucos. “Primeiro, a pessoa deve identificar o seu grau de aptidão física, se está com bom condicionamento físico, pois é muito desgastante se aventurar em uma rota sem estar acostumado. Para quem está começando, é interesante fazer viagens curtas, com uma pernoite, e depois, conforme acumula experiências, pode ir aumentando as distâncias das viagens”, orienta.

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Vinícius, lembra ainda que é essencial revisar a bicicleta e ter os equipamentos adequados, antes de se aventurar por aí.

“O segredo da cicloviagem é ser o mais autossuficiente e precavido possível. Portanto, o primeiro passo é escolher uma bicicleta de qualidade e ter certeza de que seu equipamento está em perfeitas condições de uso. Fique de olho em itens de desgaste como pneus, pastilhas de freio e peças da transmissão. O ideal é revisar a bicicleta antes de viajar e fazer ao menos uma pedalada para conferir se está tudo em ordem. Outro detalhe importante é saber como carregar suas coisas. Hoje temos no mercado muitas opções de bolsas, malas, alforjes e suportes de bagagem para a bike. Viajar com uma mochila nas costas não é uma boa ideia, principalmente se ela estiver pesada. Por fim, também é fundamental ter ferramentas para toda a bike e sobressalentes para emergências, como câmaras de ar reserva, elos de corrente, remendos e bomba para encher pneus”, finaliza Vinícius. 

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