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Caco Barcellos revela por que o País ainda apoia quem mata em nome da lei

Jornalista é autor do livro 'Rota 66: a história da polícia que mata', escrito após investigação de sete anos

Matheus Herbert

23/04/2025 às 17:35  atualizado em 23/04/2025 às 17:39

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Caco Barcellos é considerado um dos mais respeitados e experientes do Brasil

Caco Barcellos é considerado um dos mais respeitados e experientes do Brasil | Gabriel Cabral/Folhapress

Caco Barcellos, jornalista da Rede Globo, é considerado um dos mais respeitados e experientes do Brasil.

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O veterano escreveu um livro que é referência no jornalismo investigativo nacional e para a comunicação. Ele é autor do livro “Rota 66: a história da polícia que mata”, escrito após investigação de sete anos.

Nele, o jornalista denuncia quase 4.200 mortes provocadas por policiais paulistas entre 1970 e 1992, ano em que lançou o livro.

Durante uma entrevista exclusiva à "Folha de São Paulo", o jornalista comentou o que mudou nesses 50 anos no País. 

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“Mudou muito, para minha tristeza. As pessoas em geral ignoravam a letalidade policial, e a imprensa não dava a devida importância a ela. Passaram a dar muita importância, mas parte da sociedade se posicionou a favor disso. Muita gente se elege divulgando que é matador. Brasília está cheia de matadores ou de gente que os apoia ou que é filósofo da violência extrema. Aquele senhor, oficial, que liderou o Massacre do Carandiru [coronel Ubiratan Guimarães] se candidatou com o número 111 na cédula — o número de mortos no massacre”, disse o jornalista em um trecho da entrevista. 

Caco Barcellos disser ainda que a sociedade brasileira permanece conservadora e violenta. “Isso indica que o problema não é a Polícia Militar, mas uma sociedade extremamente conservadora e violenta. O que assusta também é que essas pessoas se dizem muito religiosas, católicas e evangélicas sobretudo, e, caramba, o pecado mais grave dessas religiões é matar”. 

No trecho final da resposta sobre as mudanças no tempo, o jornalista diz não entender essa cultura violenta.

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“Sinceramente, sem ser irônico, eu não consigo entender como é que se explica ser católico, ser evangélico e a favor dos matadores. Deus não disse que, se for bandido, pode matar”, finaliza. 

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