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Assim como Raimundo Fagner e Vannick, filha de Belchior, Ednardo está preparando um projeto em homenagem ao músico cearense
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Belchior | Reprodução/Facebook
O cantor e compositor Ednardo também está na lista de artistas interessados em gravar canções inéditas de Belchior, incluindo uma recém-descoberta pelo jornalista e pesquisador Renato Vieira.
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Assim como Fagner e Vannick, filha de Belchior, Ednardo está preparando um projeto em homenagem ao músico, com quem já trabalhou e de quem foi amigo.
"Comecei a pensar em gravar um disco de músicas inéditas, com solos e parcerias que fiz há bastante tempo, inclusive no início da carreira", diz Ednardo a este jornal.
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A ideia do novo álbum surgiu, segundo ele, em 2016, antes mesmo da morte de Belchior, ocorrida no ano seguinte. Desde então, ele tem se debruçado sobre o projeto, ao lado do filho e produtor artístico Daniel Limaverde.
"Nos anos de 1971 e 1972, eu e Belchior realizamos algumas parcerias, era o tempo de saírmos da nossa cidade, Fortaleza, e chegarmos ao eixo Rio-São Paulo. E naturalmente, trazíamos vivências em comum em nossos processos artísticos."
Ednardo conta que essas "fornadas musicais e poéticas" resultaram, então, em parcerias que, com o tempo, se tornaram cada vez mais raras.
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Na década de 1970, ele, Teti, Rodger Rogério e Belchior apresentaram o "Proposta", programa da TV Cultura no qual juntos fizeram canções que, apesar de terem sido exibidas algumas vezes, nunca foram gravadas.
"Realizamos várias músicas que ilustravam as personalidades dos entrevistados", afirma o cearene, que é compositor de sucessos como "Pavão Mysteriozo" e "A Manga Rosa". Das inéditas encontradas por Vieira – "Bip... Bip...", "Fim do Mundo", "Baião de Dois Vinte e Dois", "Alazão", "Adivinha'', "Outras Constelações" e "Posto em Sossego"–, Ednardo gravará "Bip... Bip...".
O músico fala também em ir para o estúdio com "Feito de Barro e Perdão", outra composição que fez ao lado de Belchior e nunca chegou às gravadoras. A música não consta entre os achados de Vieira, que vasculhou o acervo digitalizado do Arquivo Nacional, mas Ednardo diz tê-la guardada.
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"Iniciamos a gravação desse disco em 2019, mas interrompemos por causa da pandemia e porque tive problemas de saúde, mas agora estamos retomando", afirma o músico, prometendo lançar até novembro pelo menos uma das duas parcerias com Belchior.
Assim como Ednardo, o cantor Fagner também tem planejado gravar obras que compôs com Belchior, incluindo as inéditas "Alazão" e "Posto em Sossego", e diz que a ideia surgiu muito antes das descobertas de Vieira.
"Eu só estava esperando o momento certo, por causa dos meus outros projetos. Mas, agora, com essa pesquisa do Renato Vieira, o plano voltou com tudo", afirmou ele a este jornal, na semana passada.
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Além de Fagner, outro nome que demonstrou interesse em gravar músicas de Belchior foi Vannick, filha do compositor. A artista se lançou com o projeto "Das Coisas que Aprendi nos Discos", no qual canta 18 clássicos do pai. E, agora, terá a chance de incluir as inéditas –das quais teve acesso somente após a pesquisa do jornalista– em seu repertório.
Entre tantos desejos de gravações, Vieira, que já reeditou 11 discos do cearense, segue acompanhando de perto as celebrações de fãs do Belchior e entusiasmo de artistas interessados em dar voz a composições de um dos maiores nomes da música brasileira.
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