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A Acadêmicos do Tatuapé ganhou dois carnavais seguidos, em 2017 e 2018 | Felipe Araújo/LigaSP
“Justiça – A injustiça num lugar qualquer é uma ameaça à Justiça em todo lugar” é o tema que a Acadêmicos do Tatuapé aposta para o Carnaval de 2025. Uma das mais fortes dos últimos anos no Anhembi, a escola busca seu tricampeonato.
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A frase que dá título ao enredo foi dita por Martin Luther King Jr, ativista fundamental para o direito das pessoas negras nos Estados Unidos. Assim como o ativista, a escola mescla história e religiosidade em sua narrativa sobre Justiça.
“A Acadêmicos do Tatuapé acredita que a justiça ideal é como a luz que brilha nos recantos mais escuros da humanidade, iluminando os caminhos da igualdade e da compaixão”, defende a escola na sinopse do enredo.
A Tatuapé será a quinta na ordem de desfile das escolas de samba na primeira noite da festa. A escola vai preencher o Anhembi com o seu típico azul e branco do bairro da zona leste de São Paulo.
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A Acadêmicos do Tatuapé faz um panorama histórico da Justiça em seus carros alegóricos e fantasias. A narrativa começa com o período quando não existiam leis, mostrando como a sociedade buscava resolver conflitos.
Logo depois, são exploradas as primeiras tentativas da humanidade de consolidar as regras, como o Código de Hamurabi, criado no Império Babilônico há quase quatro mil anos.
Passando pelo Direito Romano e pela Revolução Francesa, a escola mostra a consolidação do sistema de Justiça. Também fala sobre a Constituição Brasileira promulgada em 1988, elogiando seu caráter humanitário.
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“Sob o lema ‘Liberdade, Igualdade, Fraternidade’, os ideais da justiça e da igualdade se ergueram como uma tempestade imparável, varrendo os vestígios da opressão e da tirania”, explica a escola sobre a Revolução francesa.
O enredo também tem uma abordagem crítica. Parte dele é reservado para denunciar erros da Justiça contemporânea. A mensagem central é a luta pela construção de uma sociedade mais justa e igualitária.
Como característica do carnaval, a Acadêmicos do Tatuapé faz uma homenagem ao Candomblé. O orixá Xangô, a divindade da Justiça, é colocado como central na construção da narrativa.
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A escola explica a importância do Orixá para a história da Justiça na África, mantendo a religiosidade. “Com seu machado de pedra e seu manto de raios, ele traçava os limites entre o certo e o errado, entre a luz e a escuridão”, diz.
Com essa visão religiosa, a Tatuapé introduz temas relacionados aos Direitos Humanos. Esse é um pilar importante, que permeia todo o enredo.
A escola vai mostrando, passo a passo, como construir uma sociedade justa e igualitária. Os Direitos Fundamentais, como educação, saúde e moradia, são amplamente defendidos na narrativa e colocados como peça-chave para a civilidade.
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“A (in)justiça social refere-se à disparidade de oportunidades, recursos e tratamento entre diferentes grupos sociais. Isso pode incluir questões como pobreza, discriminação racial, de gênero ou de orientação sexual, e acesso desigual a serviços básicos.”
Nesse chapéu de diversidade e inclusão, a escola promete conscientizar a população sobre temas importantes de forma lúdica e carnavalesca.
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