Pesquisa Quaest aponta empate técnico entre Datena, Boulos e Nunes

Em pesquisa divulgada nesta quinta-feira (27/6) pelo Quaest aponta empate técnico entre José Luiz Datena (PSDB), o atual prefeito Ricardo Nunes (MDB) e com o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) na disputa pela Prefeitura de São Paulo. 

Considerando a margem de erro de 3 pontos percentuais para mais ou para menos, os três estão tecnicamente empatados. As intenções de voto para a Prefeitura mostra que Nunes tem 22%, na sequência, estão Boulos com 21% e Datena com 17%.

A pesquisa foi realizada com 1.002 eleitores da Capital, de 16 anos ou mais, entre 22 e 25 de junho, e está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número SP-08653/2024.

Outros candidatos

Após os três primeiros colocados, aparece o coach e empresário Pablo Marçal (PRTB) com 10% das intenções de voto.

A deputada federal Tabata Amaral (PSB) está logo atrás com 6%. Marina Helena (Novo), fecha o grupo dos melhores posicionados com 4%.

Logo na sequência estão Kim Kataguiri (União Brasil), está com 3% das intenções de voto.

Os pré-candidatos Ricardo Senese (UP) e João Pimenta (PCO) obtiveram 1% de intenção cada.

Já Altino Prazeres (PSTU) e Fernando Fantauzzi (DC) não pontuaram.

Além disso, 8% dos eleitores votariam em branco ou nulo, enquanto 7% não souberam ou não responderam.

Cenário:

Cenários alternativos

A Quaest também testou seis cenários para um eventual segundo turno. O atual prefeito vence todos em que aparece. Boulos venceria Pablo Marçal, mas perderia para Datena. Confira:

Sem Pablo Marçal:

Em um cenário sem Pablo Marçal (PRTB), João Pimenta (PCO), Ricardo Senese (UP), Altino (PSTU) e Fernando Fantauzzi (DC),  Nunes tem 25%, Boulos tem 23% e Datena possui 19%. 

Sem Kim Kataguiri:

Em outro cenário no qual Kim Kataguiri não participa, Nunes tem 24%, Boulos tem 23%, Datena tem 16% e o coach aparece com 11%.

Sem Datena e Kim Kataguiri:

Em um cenário sem Datena (PSDB), Kim Kataguiri (União), João Pimenta (PCO), Ricardo Senese (UP), Altino (PSTU) e Fernando Fantauzzi (DC), as intenções de voto ficam da seguinte forma:

Sem Datena e Marçal:

Em um terceiro cenário que simula Datena e Pablo Marçal desistindo das candidaturas, Nunes abre uma vantagem maior sobre Boulos, mas ainda com empate técnico. O prefeito aparece com 28%, o deputado do PSOL tem 24% e Tabata Amaral pontua 13%. Veja:

Segundo turno

Datena tem vantagem em uma disputa direta contra Boulos. Nesta hipótese, o pré-candidato do PSDB possui 43% das intenções, enquanto o deputado é preferido por 35% dos eleitores paulistanos.

Já em um cenário no qual Boulos enfrenta Marçal, o deputado do PSOL possui 41% das intenções, enquanto o coach tem 30%.

Liderança das rejeições

Segundo o levantamento da Quaest, Datena é o mais rejeitado entre os eleitores de São Paulo, com 51% das afirmações de que não votariam nele, enquanto 39% responderam que votariam.

Boulos, por sua vez, é rejeitado por 41% dos eleitores. Outros 35% responderam aos pesquisadores que podem votar no deputado do PSOL.

O atual prefeito é rejeitado por 38% dos paulistanos, enquanto 39% disseram poder escolher Nunes nas urnas.

Vantagem de Nunes

Em uma eventual disputa de segundo turno, o atual prefeito tem vantagem sobre Boulos. Segundo a Quaest, Nunes sai a frente com 46% das intenções de voto, enquanto o deputado possui 34%. Outros 5% estão indecisos e 15% declararam que votariam branco, nulo ou não iriam para as zonas de votação.

Em um cenário onde Nunes enfrenta Marçal, o atual prefeito possui 48% das intenções de voto, contra 22% do empresário. Já contra Datena, Ricardo Nunes possui uma vantagem menor. Neste cenário, o prefeito tem 43% das preferências, enquanto o apresentador de televisão possui 34% das intenções de voto.

Influência de Lula e Bolsonaro

Na pesquisa Quaest, um dado explicitou o quanto o pleito paulistano poderá refletir nas disputas políticas a nível nacional. Considerando a preferência dos eleitores sobre a proximidade do candidato com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Dados:

• 50% dos entrevistados gostariam que o próximo prefeito da cidade fosse independente, não sendo aliado de nenhum dos nomes;
• 20% prefere que o próximo prefeito fosse aliado de Lula;
• 19% prefere que o próximo prefeito fosse aliado de Bolsonaro;
• 2% não sabem ou não responderam.

*Texto sob revisão de Lara Madeira