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Política
'Não vejo no dia 8 de janeiro uma situação de pessoas armadas. Eram aposentados', afirmou Nunes durante sabatina
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O prefeito Ricardo Nunes | Marcelo Pereira/Secom
O prefeito Ricardo Nunes (MDB) disse nesta segunda-feira (12/7) repudiar qualquer depredação do patrimônio público, mas afirmou não acreditar que as ações antidemocráticas de 8 de janeiro de 2023, em Brasília, tenham sido um atentado à democracia.
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“Daquelas pessoas que estavam ali eu não acredito”, afirmou o emedebista em sabatina ao UOL, após ser questionado se aquilo tinha sido uma tentativa de golpe para evitar a posse do então presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em favor do candidato derrotado Jair Bolsonaro (PL).
O assunto se iniciou porque uma das jornalistas presentes questionou o prefeito sobre o que ele quis dizer ao comentar pelas redes sociais o atentado sofrido pelo ex-presidente norte-americano Donald Trump, no último sábado (13/7), quando Nunes escreveu: “Lamentável o que ocorreu com Donald Trump. Isso sim é um atentado contra a democracia”.
Na resposta, por algumas vezes Nunes disse repudiar as ações em Brasília, mas repetiu que não havia pretensão antidemocrática entre os presentes na ação. “Não vejo no dia 8 de janeiro uma situação de pessoas armadas. Eram aposentados, pessoas que estavam ali fazendo um ato totalmente errado, mas não dá para se comparar uma coisa com a outra”, afirmou.
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Ele também lembrou sobre uma ação ocorrida em setembro de 2015, quando o atual deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), líder das pesquisas para a prefeitura da Capital, participou de uma invasão contra prédios do Ministério da Fazenda em Brasília e São Paulo para protestar contra o ajuste fiscal proposto pelo governo Dilma Rousseff (PT).
“[Se o ato de 8 de janeiro foi tentativa de golpe] Então foi tentativa de golpe o Boulos ter invadido o Ministério da Fazenda, depredar e invadir a Fiesp”, disse.
As jornalistas rebateram que, diferentemente de outras ações em que houve invasão de prédios públicos, as investigações mostram que o ato de 8 de janeiro teve a pretensão de evitar que uma pessoa eleita tomasse posse como presidente.
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Nunes respondeu que apoia qualquer investigação, mas manteve o posicionamento.
As jornalistas também questionaram se Nunes se considera bolsonarista, e ele respondeu que se vê como "ricardista". Ele também afirmou que prefere aguardar as investigações contra Bolsonaro - seu aliado na Capital - antes de dar opinião sobre as acusações que envolvem o ex-presidente.
"Estamos no estado democrático de direito, é necessário ter cautela", resumiu.
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