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Política
Documento pede que Lula e Boulos sejam processados por propaganda antecipada e que paguem multa de R$ 25 mil, além da exclusão de vídeos
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Boulos e Lula durante ato na Neo Química Arena, em São Paulo | Ricardo Stuckert/PR
Como prometido no dia anterior, o diretório municipal do MDB de São Paulo protocolou, nesta quinta-feira, uma ação na Justiça Eleitoral que pede aplicação de multa contra o presidente Lula (PT) e contra o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL).
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A acusação afirma que o presidente pediu explicitamente voto ao pré-candidato à Prefeitura de São Paulo durante o ato de 1º de Maio, na capital paulista, o que é proibido pela justiça eleitoral.
O documento, protocolado pela sigla na 2ª Zona Eleitoral da cidade, pede que Lula e Boulos sejam processados por propaganda antecipada e que o valor máximo da multa seja aplicado, de R$ 25 mil, além da exclusão de vídeos e a proibição de uso por parte da campanha.
Segundo o advogado do MDB-SP, Ricardo Vita Porto, a legenda inicialmente vai promover as medidas jurídicas cabíveis em busca de multas para ambos. De forma paralela, vai pedir ao Ministério Público (MP) a abertura de para a apuração dos valores gastos com o evento, incluindo os públicos, além do uso da estrutura sindical com o objetivo de se promover candidatura.
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A depender do andamento do caso, disse o advogado, a ação no MP pode até poderá até resultar na decretação de inelegibilidade a Lula e na cassação da candidatura de Boulos.
No ato de 1º de Maio, Lula pediu votos para Boulos, seu aliado na cidade de São Paulo.
“Eu quero dizer para vocês: ninguém derrotará esse moço aqui se vocês votarem no Boulos para prefeito de São Paulo nas próximas eleições. E eu vou fazer um apelo, cada pessoa que votou o Lula em 89, em 94, em 98, em 2006, em 2010, em 2018, em 2022, dizem votar no Boulos para prefeito de São Paulo”, disse o presidente.
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Além de Nunes, o deputado federal Kim Kataguiri (União Brasil), também pré-candidato na Capital, afirmou que vai processar Boulos e Lula por propaganda eleitoral antecipada.
A economista Marina Helena, pré-candidata na cidade pelo Novo, disse que também vai entrar com uma ação imediata por propaganda antecipada e que vai fazer uma representação ao Ministério Público por abuso de poder político.
Em evento nesta quarta-feira, Tabata Amaral (PSB) disse que ainda iria se reunir com a equipe jurídica para decidir o que faria. Já o ministro Márcio França (PSB), do mesmo partido de Tabata e que estava no evento, negou que o partido buscaria a justiça contra o presidente.
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O presidente do MDB-SP, Enrico Misasi, disse que a postura de Lula foi “uma afronta à legislação eleitoral vigente”, e confirmou que o diretório municipal vai buscar a justiça contra o ato.
O coordenador da pré-campanha de Boulos, Josué Rocha, disse que Nunes “tenta criar uma cortina de fumaça para despistar o uso de eventos oficiais da prefeitura, realizados com dinheiro público, para a promoção de sua candidatura à reeleição”.
“Ele é quem deve explicações à sociedade", completou.
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Rocha se refere a uma reportagem do portal Metrópoles que revelou que servidores públicos municipais da área da saúde foram convocados pelo WhatsApp por uma supervisora de Perus, na zona norte da capital paulista, para comparecerem, “sem uniforme e sem crachá”, em um evento de Nunes que ocorreu na região em 12 de abril.
Em sua defesa, a prefeitura informou que “não realiza esse tipo de pedido aos servidores”.
A assessoria do presidente Lula foi contatada pela coluna para comentar o assunto, mas não respondeu a mensagem até a publicação deste texto.
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