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Economia
Os projetos estão divididos em 13 concessões e foram arrematados com deságio médio de 46,6%
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Linha de transmissão de energia elétrica. | Marcello Casal Jr Agência Brasil
O governo concedeu nesta quinta-feira (30) a construção e operação de 5.400 quilômetros de linhas de transmissão de energia no país, com investimentos estimados em R$ 15,3 bilhões. Os projetos estão divididos em 13 concessões e foram arrematados com deságio médio de 46,6%.
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Os empreendimentos estão localizados em 13 estados: Acre, Amapá, Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará e Rondônia. A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) estima que as obras vão gerar 31,6 mil empregos.
Os três maiores lotes terão a função de reforçar o sistema de transmissão para o escoamento de energias renováveis geradas no Nordeste e no norte de Minas Gerais, hoje um dos principais gargalos do setor elétrico brasileiro.
Outro lote oferecido nesta quinta reforça o abastecimento de energia ao Amapá, que sofreu grandes cortes no fornecimento nos últimos anos.
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No maior deles, em 2020, a maior parte do estado ficou quase um mês convivendo com interrupções.
A linha vai ligar Laranjal do Jari a Macapá, servindo como backup para o sistema responsável pela interligação do estado com o resto do país atualmente. Foi desenvolvida após os apagões, justamente para evitar a repetição do problema.
"Esse leilão traz solução para algumas áreas que vêm sendo discutidas há muito tempo no Brasil, como o norte de Minas Gerais. Isso viabiliza uma quantidade muito grande de empreendimentos, principalmente em energia renovável", disse o diretor da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), Hélvio Guerra.
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Em leilões de linhas de transmissão, vence a concorrência a empresa ou consórcio que se dispuser a receber a menor receita anual durante a concessão. Houve grande disputa pelos maiores lotes oferecidos pela Aneel.
O maior deles, com 1.700 quilômetros de extensão ligando Minas Gerais a São Paulo e investimentos previstos em R$ 4,9 bilhões, ficou com a Neoenergia. O lote teve oito concorrentes e, após disputa por viva-voz, a proposta vencedora teve deságio de 47,3%.
Os outros dois grandes lotes, com investimentos de R$ 3,6 bilhões cada, foram arrematados pelo Consórcio Verde e pela Cteep (Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista).
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O primeiro construirá 1.200 quilômetros de linhas de transmissão e subestações também em Minas Gerais e São Paulo. A segunda levou concessão para operar 1.100 quilômetros e subestações em Minas Gerais e no Espírito Santo.
"O sucesso desse leilão só é possível porque hoje temos um ambiente seguro e atrativo para investimentos no setor elétrico", disse a diretora-geral substituta da Aneel, Camila Bomfim. "Um ambiente que foi construído ao longo de tantos anos, com base em uma governança bem estruturada, segurança jurídica, estabilidade e previsibilidade regulatória."
Após o leilão, o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, afirmou que o resultado demonstra a confiança do setor empresarial no país, resultado de "uma gestão competente do presidente [Jair] Bolsonaro ao escolher bons ministros e indicar membros de agência [reguladora] comprometidos."
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Em seu discurso, ele disse que "tem que enaltecer o papel" do ex-ministro de Minas e Energia Bento Albuquerque, demitido por Bolsonaro após reajuste no preço do diesel em maio, e afirmou que o novo titular da pasta Adolfo Sachsida "tem a confiança" do presidente. Sachsida não compareceu ao evento.
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