Governo anuncia medidas para tentar diminuir preços dos alimentos

O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) anunciou nesta quinta-feira (6/3) uma série de medidas para tentar diminuir o preço dos alimentos. Entre as ações estão zerar a tarifa de importação para alguns alimentos, como carne, café, açúcar, milho e azeite de oliva.

As medidas foram anunciadas após reunião do presidente Luiz Inácio Lula  da Silva (PT) com ministros e empresários do setor de alimentos e abastecimento no Palácio do Planalto.

Segundo o vice-presidente, "o governo está abrindo mão de imposto em favor da redução de preço" e as medidas entrarão em vigor "em poucos dias".

Outras medidas

Além de zerar a tarifa de importação, o governo anunciou outras medidas, como a ampliação do Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (SISBI-POA), que permite que produtos como leite, mel, ovos e carnes inspecionados em municípios e estados possam ser vendidos em todo o país.

O governo também pretende reforçar os estoques públicos de alimentos básicos para segurar a alta de preços em momentos críticos, garantindo oferta e estabilidade.

Além disso, o governo anunciou que os financiamentos do Plano Safra devem priorizar a produção de itens que compõem a cesta básica, com mais estímulo para produtores rurais que abastecem o mercado interno.

Alta no preço dos alimentos

O barateamento da carne é promessa de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e impacta diretamente na popularidade do governo.

Em 2024, os alimentos de modo geral geraram uma pressão inflacionária de 4,83% e o grupo Alimentação e Bebidas registrou aumento de 7,69%, com destaque para carne, café e leite.

Com uma alta de 7,25% em 12 meses, o grupo de Alimentos e Bebidas do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é o maior das categorias do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Outro item que costuma estar na cesta dos brasileiros é o café, que teve um aumento de 50% em 12 meses até janeiro, segundo o IPCA.