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Economia

Entenda como a posse de Trump nos EUA e o dólar podem impactar as empresas brasileiras

Donald Trump tomou posse como presidente dos Estados Unidos na última segunda-feira (20/1); entenda mudanças financeiras

Matheus Herbert

22/01/2025 às 17:43

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Posse de Trump gerou uma série de expectativas aos empresários brasileiros em relação ao mercado financeiro global

Posse de Trump gerou uma série de expectativas aos empresários brasileiros em relação ao mercado financeiro global | RS/Fotos Públicas

Donald Trump tomou posse como presidente dos Estados Unidos na última segunda-feira (20/1). O evento gerou uma série de expectativas aos empresários brasileiros em relação ao mercado financeiro global. 

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Recentemente o dólar estava cotado a R$ 6,05 em uma ligeira queda. Após as falas de Trump, o dólar chegou a baixar para R$ 6,02. A marca foi um pouco menor dos R$ 6,09, maior valor registrado na história desde o surgimento do Real como moeda oficial brasileira.

O juramento na posse de Trump foi administrado pelo presidente da Suprema Corte dos EUA, John Roberts.

A volatilidade do mercado está ligada à apreensão de investidores com as primeiras ações do presidente eleito Donald Trump, que incluem a retirada dos EUA do Acordo de Paris, o perdão presidencial a figuras controversas e a declaração de emergência na fronteira com o México. 

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Essas medidas sinalizam uma abordagem política e econômica mais isolacionista e protecionista, características marcantes de seu primeiro mandato.

Impactos no Brasil

O vice-presidente da Atto EXP Empresarial, João Fossaluzza, explica que a alta do dólar pode ser ruim às empresas do Brasil.“Com o dólar em alta, empresas brasileiras que dependem de insumos importados ou têm dívidas em moeda estrangeira enfrentam aumento nos custos operacionais. Setores como tecnologia, aviação e indústria farmacêutica podem ser particularmente afetados”, pontua. 

Para o empresário, a desvalorização do real favorece exportadores brasileiros, como os produtores de commodities agrícolas e minerais. A alta do dólar tende a tornar os produtos brasileiros mais competitivos no mercado externo, mas também levanta preocupações sobre inflação interna, já que itens importados, como combustíveis, ficam mais caros.

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Divergência política 

Outro ponto a se analisar são as declarações de Trump. O republicano afirmou que "a América Latina precisa mais dos EUA do que o contrário". O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que espera uma "gestão profícua" do novo governo americano. Lula reforçou a disposição do Brasil em manter uma relação diplomática equilibrada com os Estados Unidos, apesar de possíveis divergências.

"Da nossa parte, não queremos briga. Nem com os americanos, nem com a China, nem com a Rússia", declarou Lula em reunião com ministros na véspera.

João Fossaluzza aponta que a postura de Trump em priorizar o mercado interno norte-americano pode dificultar negociações comerciais com países da região, incluindo o Brasil.

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“Esse impacto das políticas de Trump nas empresas brasileiras dependerá, em grande medida, das estratégias do governo Lula para lidar com os desafios econômicos e geopolíticos nos próximos meses”, finalizou.

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