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Economia
Especialistas dão dicas para quem se inscreveu, mas ainda não começou estudar para o Concurso Público Nacional Unificado, o 'Enem dos Concursos'
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Faltando um mês para a aplicação da prova, é hora de priorizar os conteúdos com maior peso para o cargo almejado | Freepik
Com mais de 2,1 milhões de inscritos e cerca de um mês para a aplicação das provas, no dia 05 de maio, muita gente se pergunta se ainda é possível estudar para o Concurso Público Nacional Unificado, o “Enem dos Concursos”. Para os especialistas ouvidos pela Gazeta de S. Paulo, a resposta é sim.
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“Tempo é um ativo muito importante na preparação para concursos públicos, mas não é o único. Também é preciso saber estudar, desenvolver uma estratégia eficiente de estudos e ter clareza de quais tópicos priorizar”, ressalta Lucas Rodrigues, CEO da startup Clipping, focada na preparação para concursos públicos.
Para Lucas, “é possível que uma pessoa com um mês de estudo, mas muita dedicação e boas técnicas de estudo possa ter um resultado melhor do que alguém que, ao longo de três meses, tenha apenas assistido videoaulas de forma passiva, por exemplo.”
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O professor Eduardo Cambuy, do Gran Cursos, também acredita que, mesmo faltando um mês para a prova, nem tudo está perdido. “É possível estudar de uma forma mais direcionada, mais efetiva. O candidato pode estudar agora de forma priorizada”, diz.
De acordo com Eduardo, faltando um mês para a aplicação da prova, é hora de priorizar os conteúdos com maior peso para o cargo almejado.
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“O candidato deve deixar mais para frente, se der tempo, a parte de conhecimentos gerais, por exemplo. Algumas matérias que não têm peso significativo na prova e também não têm mínimo específico para eliminar o candidato. A ideia é estudar a parte específica dentro dos eixos”, aconselha.
Lucas concorda e acrescenta que as disciplinas de maior peso devem ser a prioridade, inclusive, frente às que a pessoa possui maior dificuldade.
Ao contrário do que muitos imaginam, é possível encontrar bons materiais para se preparar para a prova do Concurso Nacional Unificado (CNU) de forma gratuita e online.
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“No YouTube há materiais de boa referência. Para o CNU é possível encontrar nas instituições públicas, como a ENAP, IPEA e o próprio Ministério da Gestão e Inovação. Dessa forma o candidato pode pegar dentro desses repositórios materiais bons que serão utilizados como referência para redação, para as questões, e são gratuitos”, observa Eduardo.
O professor, lembra, contudo, que os materiais online pagos são mais aconselháveis para os candidatos que precisam ter senioridade nos estudos e adaptabilidade à rotina.
Outra dica é o auxílio da inteligência artificial. “Há assistentes que reúnem bibliografias específicas para o CNU, que conseguem criar flashcards e que são capazes de ajudar os concurseiros na organização do estudo por meio dos tópicos do edital”, relata Lucas.
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O CEO do Clipping lembra ainda que provas de concursos similares também são bons recursos na hora de estudar.
“O concurso é inédito, mas não é a primeira vez que os conteúdos previstos no edital do CNU serão cobrados em uma prova de concurso público. Direito administrativo, finanças públicas, economia, português e direito da saúde são matérias recorrentes. É possível treinar por meio da resolução de questões de outros concursos, sobretudo daqueles que foram realizados pela Cesgranrio, que é a banca organizadora do CNU”, diz.
Estudar muito, mas de forma desorganizada, é um erro que deve ser evitado pelos candidatos de concursos.
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“Um erro comum que acontece na reta final é o desespero tomar conta e as pessoas começarem a ter táticas equivocadas, como querer pular aspectos importantes e já estudar por meio de questões, ou seja, usar o estudo reverso agora, nesse momento que ainda é necessário fazer estudo teórico, mesmo que resumido”, diz Eduardo.
“Um segundo erro que as pessoas cometem é exagerar na dosagem de estudo, na carga horária, acreditando que vão se superar e vão conseguir fazer coisas que nunca fizeram ao longo de meses de estudo e acham que vão conseguir agora, faltando 30 dias”, completa o professor.
Assim como acontece com os candidatos de vestibulares, a véspera da prova também merece atenção de quem almeja uma vaga no funcionalismo público. Para os especialistas, este é o momento de descansar.
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“Sei que é difícil, que a ansiedade fica muito grande e que, às vezes, até o sono se perde, mas é preciso tentar descansar, para chegar no momento da prova na melhor condição possível, física e mental. Não adianta nada ter excelente preparação, mas, em razão do nervosismo e da ansiedade, não conseguir lembrar de nada”, observa Lucas.
Segundo dados do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, mais de 2,1 milhões se inscreveram para concorrer às 6.640 vagas ofertadas em 21 órgãos do governo federal, por meio do Concurso Público Nacional Unificado.
A maior parte dos candidatos, 56%, são mulheres e o estado de São Paulo responde pelo maior número de inscrições, 10,65%.
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Entre os oito blocos temáticos, o de nível médio foi o que teve o maior número de inscritos: 701.029, seguido pelo de Gestão Governamental e Administração Pública, 429.370.
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