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Conta de luz dispara e tem maior alta em 22 anos; veja o aumento

Dados foram divulgados nesta quarta-feira (12/3) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)

Monise Souza

12/03/2025 às 12:15  atualizado em 12/03/2025 às 12:21

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Nos últimos 12 meses, a inflação acumulada chegou a 5,06%, acima dos 4,56% registrados no período anterior.

Nos últimos 12 meses, a inflação acumulada chegou a 5,06%, acima dos 4,56% registrados no período anterior. | Marcello Casal Jr/Agência Brasil

A inflação no Brasil registrou grande alta no mês de fevereiro, com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subindo 1,31%. Esse é o maior avanço para fevereiro desde 2003 (1,57%) e a taxa mais elevada desde março de 2022 (1,62%).

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O principal motivo para a alta do IPCA em fevereiro foi o reajuste na conta de luz. A energia elétrica residencial subiu 16,80% no mês, pressionando o IPCA em 0,56 ponto percentual (p.p.) no índice geral.

Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (12/3) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado representa uma forte aceleração em relação a janeiro, quando o IPCA havia avançado apenas 0,16%.

A inflação acumulada em 12 meses atingiu 5,06%, acima dos 4,56% do período anterior. Apesar da alta expressiva, o número veio nas projeções do mercado, que esperava uma variação de 1,3% para o mês.

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Conta de luz mais cara

A energia residencial ficou 16,8% mais cara em fevereiro.

O resultado representa uma reorganização do desconto atribuído nas contas de luz de janeiro, devido à distribuição do saldo positivo da Hidrelétrica de Itaipu, que considera o desconto entre R$ 16,66 e R$ 49 nas tarifas residenciais e rurais.

Na ocasião, os preços caíram 14,2%, segundo o mesmo IPCA.

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Maiores aumentos

Quatro dos nove grupos pesquisados responderam por cerca de 92% da inflação de fevereiro: Habitação, Educação, Alimentação e Bebidas e Transportes.

O grupo Educação teve a maior alta entre os setores analisados, subindo 4,70% e adicionando 0,28 p.p. ao IPCA. O aumento reflete os reajustes nas mensalidades escolares no início do ano letivo.

Entre os principais avanços, destacam-se os preços do ensino fundamental (7,51%), ensino médio (7,27%) e pré-escola (7,02%).

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Alta nos combustíveis

O grupo Transportes teve alta de 0,61%, desacelerando em relação a janeiro, que era de 1,30%.

O principal impacto veio dos combustíveis (2,89%), especialmente óleo diesel (4,35%), etanol (3,62%). A gasolina, com alta de 2,78%, teve o segundo maior impacto individual no IPCA (0,14 p.p.). Somente o gás veicular (-0,52%) teve redução no período.

Alimentos menos inflacionados

O grupo Alimentação e Bebidas desacelerou em relação a janeiro, variando 0,70% (contra 0,96% no mês anterior). Ovos de galinha (+15,39%) e café moído (+10,77%) foram os itens que mais subiram.

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Entre as quedas, os destaques foram a batata-inglesa (-4,10%), o arroz (-1,61%) e o leite longa vida (-1,04%).

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