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Nos últimos 12 meses, a inflação acumulada chegou a 5,06%, acima dos 4,56% registrados no período anterior. | Marcello Casal Jr/Agência Brasil
A inflação no Brasil registrou grande alta no mês de fevereiro, com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subindo 1,31%. Esse é o maior avanço para fevereiro desde 2003 (1,57%) e a taxa mais elevada desde março de 2022 (1,62%).
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O principal motivo para a alta do IPCA em fevereiro foi o reajuste na conta de luz. A energia elétrica residencial subiu 16,80% no mês, pressionando o IPCA em 0,56 ponto percentual (p.p.) no índice geral.
Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (12/3) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado representa uma forte aceleração em relação a janeiro, quando o IPCA havia avançado apenas 0,16%.
A inflação acumulada em 12 meses atingiu 5,06%, acima dos 4,56% do período anterior. Apesar da alta expressiva, o número veio nas projeções do mercado, que esperava uma variação de 1,3% para o mês.
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A energia residencial ficou 16,8% mais cara em fevereiro.
O resultado representa uma reorganização do desconto atribuído nas contas de luz de janeiro, devido à distribuição do saldo positivo da Hidrelétrica de Itaipu, que considera o desconto entre R$ 16,66 e R$ 49 nas tarifas residenciais e rurais.
Na ocasião, os preços caíram 14,2%, segundo o mesmo IPCA.
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Quatro dos nove grupos pesquisados responderam por cerca de 92% da inflação de fevereiro: Habitação, Educação, Alimentação e Bebidas e Transportes.
O grupo Educação teve a maior alta entre os setores analisados, subindo 4,70% e adicionando 0,28 p.p. ao IPCA. O aumento reflete os reajustes nas mensalidades escolares no início do ano letivo.
Entre os principais avanços, destacam-se os preços do ensino fundamental (7,51%), ensino médio (7,27%) e pré-escola (7,02%).
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O grupo Transportes teve alta de 0,61%, desacelerando em relação a janeiro, que era de 1,30%.
O principal impacto veio dos combustíveis (2,89%), especialmente óleo diesel (4,35%), etanol (3,62%). A gasolina, com alta de 2,78%, teve o segundo maior impacto individual no IPCA (0,14 p.p.). Somente o gás veicular (-0,52%) teve redução no período.
O grupo Alimentação e Bebidas desacelerou em relação a janeiro, variando 0,70% (contra 0,96% no mês anterior). Ovos de galinha (+15,39%) e café moído (+10,77%) foram os itens que mais subiram.
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Entre as quedas, os destaques foram a batata-inglesa (-4,10%), o arroz (-1,61%) e o leite longa vida (-1,04%).
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