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Sessão do Senado realizada nesta quarta-feira para discutir o Programa Mover e o projeto de taxação | Marcos Oliveira/Agência Senado
A Câmara dos deputados aprovou nesta quarta-feira (5) a taxação para compras internacionais de até US$ 50 (aproximadamente R$ 250 na cotação atual). O tributo de 20% sobre as vendas, conhecida como "taxa das blusinhas" interfere na compra de sites como Shopee, Shein e AliExpress.
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A taxação foi inserida, durante tramitação na Câmara, em um projeto que cria o Mover, o Programa Mobilidade Verde e Inovação, que que reduzir as taxas de emissão de carbono da indústria de automóveis até 2030.
A manobra, conhecida no jargão político como “jabuti” (por incluir uma matéria estranha em um projeto de lei que trata de um assunto diverso), foi realizada depois de um acordo entre o presidente do legislativo, Arthur Lira (PP-AL), e o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A aprovação foi realizada de forma simbólica, ou seja, sem registro do voto de cada parlamentar no painel eletrônico.
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As compras até o valor de US$ 50 são isentas da cobrança do Imposto de Importação, por isso, as vezes são mais baratas que artigos nacionais. Atualmente, incide sobre as compras do exterior somente o Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) estadual, com alíquota de 17%.
Inicialmente, o relatório do deputado Atila Lira (PP-PI) pretendia acabar com a isenção de compras internacionais. Nesta terça, no entanto, ele apresentou duas propostas: o primeiro com alíquota de 25% e o segundo, de 20%.
Caso a proposta vire lei, os produtos que vêm de fora serão taxados duas vezes, pelo imposto federal (20%), acrescido do ICMS.
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A Secretaria da Receita Federal informou que se a isenção do imposto para compras internacionais for mantida, perderia a arrecadação de cerca de R$ 34,93 bilhões até 2027.
Como o Senado alterou a redação, a matéria terá que retornar à Câmara dos Deputados. Na sequência, em caso de nova aprovação, seguirá para a sanção ou o veto do presidente Lula.
O Mover, projeto em que a taxação foi inserida, é uma das prioridades do governo e foi criado no início do ano por uma medida provisória. O objetivo da proposta é reduzir as taxas de emissão de carbono da indústria de automóveis até 2030 e foi aprovado pelos senadores.
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Deverão ser levados em conta pelo governo, por exemplo, a eficiência energética e a reciclabilidade do veículo. O descumprimento poderá levar ao pagamento de multas.
*Texto sob supervisão de Lara Madeira
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