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Veja como ficarão as cidades do litoral após avanço do mar, segundo projeções

Com temperaturas mais altas, o mar tende a avançar, o que poderia comprometer a existência de parte destas cidades

Leonardo Sandre

23/10/2024 às 15:46  atualizado em 23/10/2024 às 17:37

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Vista aérea de Santos, uma das cidades que podem sofrer com o avanço do mar

Vista aérea de Santos, uma das cidades que podem sofrer com o avanço do mar | Marcos Santos/USP Imagens

A Climate Central, organização norte-americana sem fins lucrativos, fez uma projeção de como ficariam algumas regiões do litoral brasileiro com o aumento da temperatura média global, que pode chegar a até 4ºC em um intervalo de 25 anos.

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Com temperaturas mais altas, o mar tende a avançar, o que poderia comprometer a existência de parte destas cidades.  As projeções utilizam informações do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas.

Além disso, segundo uma pesquisa da ONU (Organização das Nações Unidas), centenas de cidades costeiras correm o risco de grave inundação até o ano de 2050.

Estes municípios que poderiam deixar de existir incluem cidades muito populosas, como Santos, no litoral paulista, e Rio de Janeiro, a capital carioca.

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Veja como ficariam seis cidades do litoral brasileiro caso o mar avance conforme previsão

Abaixo, as imagens (com base no Google Earth) reproduzem o antes e depois, revelando como seria o avanço do mar em 25 anos em seis cidades brasileiras: Santos, Rio de Janeiro, Salvador, Recife, Fortaleza e São Luís. As projeções em mapas do Climate Central percorrem toda a costa do País.

Visão da Ponta da Praia, em Santos, nos dias atuais - (Reprodução/Climate Central)
Visão da Ponta da Praia, em Santos, nos dias atuais - (Reprodução/Climate Central)
Visão da Ponta da Praia, em Santos, considerando o avanço do mar com o aumento da temperatura em 4ºC - (Reprodução/Climate Central)
Visão da Ponta da Praia, em Santos, considerando o avanço do mar com o aumento da temperatura em 4ºC - (Reprodução/Climate Central)
Visão do Estádio do Maracanã e seus arredores, no Rio de Janeiro, nos dias atuais - (Reprodução/Climate Central)
Visão do Estádio do Maracanã e seus arredores, no Rio de Janeiro, nos dias atuais - (Reprodução/Climate Central)
Visão do Estádio do Maracanã e seus arredores, no Rio de Janeiro, com o mar cobrindo boa parte do bairro, devido o avanço da temperatura - (Reprodução/Climate Central)
Visão do Estádio do Maracanã e seus arredores, no Rio de Janeiro, com o mar cobrindo boa parte do bairro, devido o avanço da temperatura - (Reprodução/Climate Central)
Farol do Mucuripe, em Fortaleza (Ceará), nos dias atuais - (Reprodução/Climate Central)
Farol do Mucuripe, em Fortaleza (Ceará), nos dias atuais - (Reprodução/Climate Central)
Farol do Mucuripe, em Fortaleza (Ceará), totalmente afetado após o avanço do mar - (Reprodução/Climate Central)
Farol do Mucuripe, em Fortaleza (Ceará), totalmente afetado após o avanço do mar - (Reprodução/Climate Central)
Museu Casa do Maranhão, em São Luís (Maranhão), nos dias atuais - (Reprodução/Climate Central)
Museu Casa do Maranhão, em São Luís (Maranhão), nos dias atuais - (Reprodução/Climate Central)
Museu Casa do Maranhão, em São Luís (Maranhão), afetada com o avanço do mar - (Reprodução/Climate Central)
Museu Casa do Maranhão, em São Luís (Maranhão), afetada com o avanço do mar - (Reprodução/Climate Central)
Elevador Lacerda, em Salvador, nos dias atuais - (Reprodução/Climate Central)
Elevador Lacerda, em Salvador, nos dias atuais - (Reprodução/Climate Central)
Elevador Lacerda, em Salvador, com seus arredores cobertos pelo mar devido ao aumento da temperatura - (Reprodução/Climate Central)
Elevador Lacerda, em Salvador, com seus arredores cobertos pelo mar devido ao aumento da temperatura - (Reprodução/Climate Central)
Bairro da Casa Amarela, no Recife, nos dias atuais - (Reprodução/Climate Central)
Bairro da Casa Amarela, no Recife, nos dias atuais - (Reprodução/Climate Central)
Bairro da Casa Amarela, no Recife, fortemente afetado na projeção futura que leva em conta o avanço do mar- (Reprodução/Climate Central)
Bairro da Casa Amarela, no Recife, fortemente afetado na projeção futura que leva em conta o avanço do mar- (Reprodução/Climate Central)
Usina do Gasômetro, Porto Alegre, nos dias atuais - (Reprodução/Climate Central)
Usina do Gasômetro, Porto Alegre, nos dias atuais - (Reprodução/Climate Central)
Usina do Gasômetro, Porto Alegre, duramente afetada com o avanço do mar, segundo a projeção - (Reprodução/Climate Central)
Usina do Gasômetro, Porto Alegre, duramente afetada com o avanço do mar, segundo a projeção - (Reprodução/Climate Central)

Ponta da Praia, em Santos (SP)

Um exemplo da Baixada Santista fica para a Ponta da Praia. Com o aumento da temperatura, o mar avançaria a ponto de inundar todos os prédios qe beiram a praia, causando sérios danos para o local.

Outras inundações

Outros lugares que a projeção aponta como possíveis "perdas" com o avanço do mar são:

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  • Os arredores do Estádio do Maracanã, Rio de Janeiro
  • Farol do Mucuripe, em Fortaleza (Ceará)
  • Museu Casa do Maranhão, em São Luís (Maranhão)
  • Parte do Elevador Lacerda, em Salvador
  • Bairro da Casa Amarela, no Recife
  • Usina do Gasômetro, Porto Alegre

A preocupação ocorre pelo mesmo motivo: beirarem o mar e poderem ser "engolidos" caso ele avance.

Aumento de temperatura

Segundo a projeção da Climate Central, o mundo pode chegar a um aumento de temperatura média de 4°C caso medidas de controle de emissão de gases causadores do efeito estufa não sejam implementadas.

No ritmo em que o mundo se encontra hoje, a organização estima que haverá um aumento de 3°C na temperatura global.

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O que faria com que essas cidades sumissem?

Devido ao atual cenário do aquecimento global, o nível do mar sobe cada vez de forma mais desenfreada. Além disso, as calotas polares derretem sem pausa e podem causar um grande estrago, mesmo a quilômetros de distância de nós.

Para efeito de comparação, entre 1993 e 2023, o nível do mar subiu 9 centímetros e previsões indicam que ele chegará a 80 cm até 2100.

A pesquisa da Universidade de São Paulo (USP) apontou que o nível do mar paulista subiu 20 cm desde 1950. Há uma projeção que, em 2025, o nível atinja os 36 cm se a emissão de carbono continuar na atmosfera se mantiver igual. Com isso, diversas cidades ficam em risco de extinção.

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