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A série de Ayrton Senna, feita pela plataforma stream Netflix, fez sucesso em todo o Brasil | Reprodução/@netflixbrasil/Instagram
A imagem de Ayrton Senna erguendo troféus com seu icônico boné azul, estampado com o logotipo do Banco Nacional, é para muitos brasileiros um símbolo de orgulho nacional e nostalgia.
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Mas qual é a verdadeira história por trás desse acessório que transcendeu o universo do automobilismo?
A Gazeta te conta a história que o piloto Ayrton Senna tem com este boné do Banco Nacional e que até hoje, é simbolo de muitas vitórias para o povo brasileiro.
O boné que acompanhou Senna em sua trajetória vitoriosa na Fórmula 1, era mais do que um simples acessório: ele representava a parceria entre o piloto e o Banco Nacional. Uma instituição financeira que, à época, buscava ampliar sua presença e visibilidade no País.
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Fundado em 1944 pelos irmãos José e Valdomiro de Magalhães Pinto, o Banco Nacional iniciou sua trajetória em Minas Gerais e, ao longo das décadas, consolidou-se como um dos maiores bancos privados do Brasil.
Nos anos 1980, a instituição viu na ascensão meteórica de Ayrton Senna uma oportunidade de ouro para associar sua marca a valores como determinação, talento e excelência.
Foi em 1984, quando Senna ainda dava seus primeiros passos na Fórmula 1, que o Banco Nacional firmou um contrato de patrocínio com o piloto.
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A partir daí, o boné azul tornou-se um item inseparável de sua imagem pública, estampando não apenas as entrevistas e polêmicas das corridas, mas também fotos e vídeos que entraram para a história.
Para além das pistas, o boné ganhou status de item de desejo entre os fãs de Senna. Sua simplicidade – um acessório com a marca “Nacional” em destaque – tornou-o um dos símbolos mais reconhecíveis do tricampeão mundial.
Mesmo após a morte do piloto, em 1994, o boné continuou a ser um objeto de desejo entre os admiradores de seu legado.
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Até hoje, réplicas oficiais e até falsificações são encontradas em lojas físicas e online, reforçando o impacto cultural desse item que carrega o peso da memória de Senna e da parceria com o Banco Nacional.
No entanto, enquanto Senna acumulava vitórias e consolidava a sua lenda, o Banco Nacional enfrentava um destino menos glorioso. Durante os anos de 1990, uma instituição foi alvo de investigações que revelaram práticas contábeis fraudulentas.
Em 1995, o Banco Central interveio na gestão do Nacional após a descoberta de mais de 600 contas fantasmas, cujo saldo era cinco vezes superior ao patrimônio líquido do banco.
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No ano seguinte, como parte do Programa de Estímulo à Reestruturação e ao Fortalecimento do Sistema Financeiro Nacional (Proer), o banco foi liquidado e dividido.
Sua parte saudável foi adquirida pelo Unibanco, enquanto os problemas financeiros remanescentes ficaram sob o controle da família Magalhães Pinto.
Em 1997, acusações de fraude levaram ao indiciamento de 33 pessoas ligadas à instituição. Embora Marcos Magalhães Pinto, controlador do banco, tenha sido condenado a 28 anos de prisão, sua pena foi extinta em 2011.
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Hoje, tanto Ayrton Senna quanto o Banco Nacional são lembrados de maneiras distintas.
Enquanto Senna permanece como um ícone esportivo e humano, cujo impacto vai além das corridas, o Banco Nacional é visto como um exemplo das fragilidades do sistema financeiro brasileiro na época.
O boné do Banco Nacional, entretanto, resiste como um símbolo atemporal, carregando memórias de conquistas, desafios e a conexão única entre um dos maiores esportistas da história e uma marca que apostou em seu sucesso.
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Com o lançamento da série Senna na Netflix, a história do piloto voltou aos holofotes, reacendendo uma curiosidade sobre sua vida pessoal e profissional. Entre os elementos que compõem sua imagem, o boné.
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