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Kaká foi eleito o melhor jogador do mundo em 2007 | Divulgação/AC Milan
Ricardo Izecson dos Santos Leite, o histórico jogador Kaká, foi o último jogador de futebol brasileiro a vencer o prêmio de melhor do mundo, em 2007. Na época, Messi e Cristiano Ronaldo ficaram na segunda e terceira posição, respectivamente.
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Revelado pelo São Paulo, campeão da Champions, ídolo do Milan e contratação bombástica do Real Madrid: a trajetória do meia foi de muita história no futebol.
Campeão do mundo pelo Brasil em 2002, o jogador também sofreu com diversas lesões (sendo uma delas crônica) que atrapalharam sua carreira. Veja mais detalhes da trajetória de Kaká.
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Nascido em Gama, no Distrito Federal, o jovem Ricardo se mudou ainda jovem para São Paulo, com oito anos de idade, já que seus pais passaram a morar no Morumbi. Com a família sendo sócia na parte social do Tricolor Paulista, aos 12 anos, já ingressou no time mirim da equipe, após ser aprovado em uma peneira.
Aos 18 anos teve um grave fratura na espinha dorsal e quase ficou paraplégico. Após ser tratado pelo médico da família, o atleta conseguiu se recuperar depois de um período de dois meses.
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Ainda chamado de Cacá, o jovem estreou pelo São Paulo no dia 1º de fevereiro de 2001, aos 18 anos, em empate por 1 a 1 com o Botafogo, no estádio do Morumbi.
No segundo jogo, já começou a mostrar que tinha estrela e qualidade de saltar os olhos: marcou o gol que ajudou o São Paulo a derrubar a invencibilidade do rival, Santos, que estava com um jogador a mais em campo.
Em 7 de março de 2001, além de trocar seu nome para a escrita com "k" (Kaká, agora oficialmente), entrou para a história da galeria de troféus tricolor. Na final do Rio-São Paulo, entrou em campo com o time perdendo por 1 a 0 para o Botafogo e fez dois gols em dois minutos, virando o placar e garantindo o primeiro título de sua carreira.
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Cada vez mais querido pela torcida, passou a ser comparado com Raí, um dos maiores ídolos da história do clube.
Após eliminações em competições, sobretudo a derrota na final do Paulista de 2003 para o Corinthians, o clima acabou piorando para todo o elenco são-paulino, e com Kaká não foi diferente. Fora da final por lesão, o atleta foi chamado de "amarelão" por boa parte da torcida.
Pouco tempo depois acabou vendido para o Milan, da Itália, em uma transação que foi classificada pelo presidente do time italiano como "preço de banana" - 8,5 milhões de euros.
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Chegou para ser reserva e se entrosar aos poucos na equipe de Milão, mas, com vontade e qualidade de sobra, rapidamente se tornou peça importante na equipe. Com apenas dois meses na Itália, já era o craque da equipe ao lado de Shevchenko e colocou os lendários Rui Costa e Rivaldo no banco.
Foi eleito por jornais o melhor jogador da equipe em seu primeiro título italiano, tendo marcado 10 gols em 30 jogos. A partir de então, Kaká evoluiu algo que era desconhecido pela mídia: uma impressionante velocidade para arranques, que pareciam impossíveis de marcar.
Já iniciou sua segunda temporada no Milan como um dos principais jogadores na Europa e seguiu a boa fase. Após a Copa do Mundo de 2006 e com a saída de Shevchenko, assumiu de vez o protagonismo absoluto.
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Toda sua classe e habilidade foi coroada no ano de 2007. Campeão da Uefa Champions League, sendo artilheiro da competição com 10 gols marcados (mesmo sendo meio-campista) e sendo o responsável pelo passe que culminou no gol do título.
Nesta competição, fez um gol emblemático contra o Manchester United em uma arrancada que deixou Vidic (um dos melhores zagueiros do mundo) caído no chão. Se restavam dúvidas entre Kaká e Cristiano Ronaldo (atleta do United) para o prêmio de melhor do mundo, após aquele dia provavelmente foram sanadas.
Foi eleito o melhor jogador do mundo de 2007 tanto pela Fifa como pela France Football (recebendo a Ballon D'Or - Bola de Ou
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ro).
Em 2009, optou por se transferir para o Real Madrid, assinando contrato de seis anos e chegando ao lado de Cristiano Ronaldo (melhor do mundo na época).
Porém, a partir de então, as lesões passaram a afetar o brasileiro em campo. O Real Madrid não conquistou títulos na primeira temporada, foi eliminado de forma vexatória na Champions League para o Lyon, da França, e Kaká passou a sofrer com pubalgia, problema que o afetou até o fim de sua carreira.
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Após a Copa de 2010, passou ainda por uma cirurgia no joelho, após lesão no menisco, e parou por um longo período.
Em 2012, se tornou, na época, o maior artilheiro brasileiro da história da Champions League, com 28 gols.
Em 2013 retornou ao Milan para tentar reviver os bons momentos após as lesões, mas a equipe acabou a temporada sem se classificar para a Champions seguinte e Kaká decidiu se mudar para o Orlando City, da MLS, dos Estados Unidos, em 2014.
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Como a janela de inscrições só se abriria em março de 2015, o time norte-americano emprestou o brasileiro para o São Paulo, clube que o revelou, para disputar o Brasileirão de 2014.
Se saiu vaiado do Tricolor cerca de 10 anos antes, Kaká fez as pazes com todos os torcedores. Estreou com gol contra o Goiás e foi peça fundamental no vice-campeonato nacional.
Foi aplaudido de pé pela torcida presente no Morumbi ao ser substituído no que seria seu último jogo pela equipe.
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Jogou de 2015 até 2017 no Orlando City, até que decidiu se aposentar dos gramados. As dores físicas eram fortes e constantes e o jogador, aos 35 anos, pendurou as chuteiras.
Pela seleção brasileira, Kaká venceu a Copa de 2002, tendo atuado em uma das partidas e colocado para entrar na final (mas o juiz encerrou o jogo antes). Disputou também as Copas de 2006 e 2010 e conquistou as Copas das Confederações de 2005 e 2009.
Chamado Ricardo, Kaká afirmou que o apelido se deve ao fato de que, quando pequeno, seu irmão mais novo não sabia pronunciar Ricardo corretamente, e passou a chamá-lo de Cacá. O nome pegou e foi levado adiante. Em 2001 decidiu trocar a escrita com "C" para "K", alegando apenas que passou a preferir de tal maneira.
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