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Cotidiano

Violência: 20% dos mortos pela polícia em SP são crianças e adolescentes

Maioria das vítimas é de meninos negros

22/06/2022 às 11:05  atualizado em 22/06/2022 às 11:39

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Menino negro, em flagrante de trabalho infantil

Menino negro, em flagrante de trabalho infantil | Valter Campanato/Agência Brasil

Segundo estudo divulgado pelo Unicef, uma em cada cinco pessoas mortas pela polícia paulista no ano passado eram crianças ou adolescentes.

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Embora tenha havido uma redução de 37% em relação ao mesmo levantamento realizado no ano anterior, essa queda está relacionada à menor mobilidade de pessoas ocorrida durante o isolamento social imposto pela pandemia de Covid-19. O texto conta com informações do "r7".

O advogado membro do Instituto Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, Ariel de Castro Alves, também atribui essa melhoria estatística a mudanças estruturais na Polícia Militar paulista.

“Tivemos reduções dessas situações em geral, decorrentes da maior fiscalização dos policiais por meio das câmeras nas fardas dos PMs”, aponta Alves como exemplo.

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O uso de câmeras por policiais é outro fator citado por Adriana Alvarenga, chefe de gabinete do Unicef em São Paulo: “Ajustes nas metodologias de treinamento para os profissionais da segurança pública, focadas na garantia de direitos humanos, numa depuração interna, fortalecendo questões de compliance, ampliação da elucidação da PM, o policial julgado pelos crimes que comete contra a população como um todo”.

Adriana alerta, no entanto, a necessidade da manutenção das quedas registradas desde 2017.

“É importante reconhecer que há uma redução, que vem ao longo dos anos passados. Não é passageira. E que precisamos continuar desenvolvendo esforços para que efetivamente não tenhamos nenhuma morte”, prossegue.

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Mortes invisíveis 

O estudo aponta que o número de crianças e adolescentes mortos pela PM pode ser, na verdade, bem maior, pois 28,6% dos óbitos estão registrados sem a informação de idade.

Para Ariel de Castro Alves, a falta do dado relacionado à idade da vítima é um descaso do poder público.

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“Isso denota que os casos não são apurados de fato, já que nem sequer verificam o mínimo, a idade das vítimas”, diz o advogado.

Já Adriana Alvarenga, pondera que a imprecisão nos dados dificulta o planejamento de políticas públicas.

“Foram 466 mortes violentas sem idade especificada. Então, é importante que a informação seja sempre registrada para que saibamos efetivamente o que está acontecendo e se entenda o problema de forma mais acessível”, conclui.

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Em estado de maioria branca, meninos negros são as vítimas 

A questão racial também continua muito latente com relação às vítimas de crimes violentos e da letalidade policial em geral, destaca Ariel de Castro Alves.

O estudo aponta que pretos ou pardos eram 63,4% dos mortos pelas forças de segurança, sendo que, em São Paulo, a maioria (63,9%) da população é branca.

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“É outra questão inadmissível. A continuidade da redução [do número de morte de crianças e adolescentes, em geral] também requer um esforço para a redução de violência de raça e gênero. Quem mais morre são meninos negros”, diz Adriana Alvarenga.

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