A+

A-

Alternar Contraste

Sábado, 23 Novembro 2024

Buscar no Site

x

Entre em nosso grupo

2

WhatsApp
Home Seta

Cotidiano

Violência: 20% dos mortos pela polícia em SP são crianças e adolescentes

Maioria das vítimas é de meninos negros

22/06/2022 às 11:05  atualizado em 22/06/2022 às 11:39

Continua depois da publicidade

Compartilhe:

Facebook Twitter WhatsApp Telegram
Menino negro, em flagrante de trabalho infantil

Menino negro, em flagrante de trabalho infantil | Valter Campanato/Agência Brasil

Segundo estudo divulgado pelo Unicef, uma em cada cinco pessoas mortas pela polícia paulista no ano passado eram crianças ou adolescentes.

Continua depois da publicidade

Embora tenha havido uma redução de 37% em relação ao mesmo levantamento realizado no ano anterior, essa queda está relacionada à menor mobilidade de pessoas ocorrida durante o isolamento social imposto pela pandemia de Covid-19. O texto conta com informações do "r7".

O advogado membro do Instituto Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, Ariel de Castro Alves, também atribui essa melhoria estatística a mudanças estruturais na Polícia Militar paulista.

“Tivemos reduções dessas situações em geral, decorrentes da maior fiscalização dos policiais por meio das câmeras nas fardas dos PMs”, aponta Alves como exemplo.

Continua depois da publicidade

O uso de câmeras por policiais é outro fator citado por Adriana Alvarenga, chefe de gabinete do Unicef em São Paulo: “Ajustes nas metodologias de treinamento para os profissionais da segurança pública, focadas na garantia de direitos humanos, numa depuração interna, fortalecendo questões de compliance, ampliação da elucidação da PM, o policial julgado pelos crimes que comete contra a população como um todo”.

Adriana alerta, no entanto, a necessidade da manutenção das quedas registradas desde 2017.

“É importante reconhecer que há uma redução, que vem ao longo dos anos passados. Não é passageira. E que precisamos continuar desenvolvendo esforços para que efetivamente não tenhamos nenhuma morte”, prossegue.

Continua depois da publicidade

Mortes invisíveis 

O estudo aponta que o número de crianças e adolescentes mortos pela PM pode ser, na verdade, bem maior, pois 28,6% dos óbitos estão registrados sem a informação de idade.

Para Ariel de Castro Alves, a falta do dado relacionado à idade da vítima é um descaso do poder público.

Continua depois da publicidade

“Isso denota que os casos não são apurados de fato, já que nem sequer verificam o mínimo, a idade das vítimas”, diz o advogado.

Já Adriana Alvarenga, pondera que a imprecisão nos dados dificulta o planejamento de políticas públicas.

“Foram 466 mortes violentas sem idade especificada. Então, é importante que a informação seja sempre registrada para que saibamos efetivamente o que está acontecendo e se entenda o problema de forma mais acessível”, conclui.

Continua depois da publicidade

Em estado de maioria branca, meninos negros são as vítimas 

A questão racial também continua muito latente com relação às vítimas de crimes violentos e da letalidade policial em geral, destaca Ariel de Castro Alves.

O estudo aponta que pretos ou pardos eram 63,4% dos mortos pelas forças de segurança, sendo que, em São Paulo, a maioria (63,9%) da população é branca.

Continua depois da publicidade

“É outra questão inadmissível. A continuidade da redução [do número de morte de crianças e adolescentes, em geral] também requer um esforço para a redução de violência de raça e gênero. Quem mais morre são meninos negros”, diz Adriana Alvarenga.

Continua depois da publicidade

Continua depois da publicidade

Continua depois da publicidade

Conteúdos Recomendados