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Cotidiano
Obra na nascente do córrego que surge na Vila Mariana e deságua no Lago do Ibirapuera vai ser inaugurada nesta sexta
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Lago do Ibirapuera, onde deságua o córrego do Sapateiro | Nathana Rebouças/Unsplash
A Prefeitura de São Paulo vai inaugurar nesta sexta-feira (3) uma pequena obra na nascente do córrego do Sapateiro, na Vila Mariana, que abastece o lago do Parque Ibirapuera. A data também marca o aniversário do bairro da zona sul da Capital.
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De acordo com a Subprefeitura Vila Mariana, o entorno do curso d'água vai receber paisagismo, pintura nas paredes e portões e reforma no paralelepípedo. O espaço ainda irá receber um painel feito por artistas parceiros da Associação de Moradores da Vila Mariana.
O local por onde a nascente passa recebeu paralelepípedos intertravados. Os blocos de cimento têm pequenas saliências, impedindo que eles se encostem e bloqueiem a passagem da água para o solo. O vão entre os tijolos é completado com areia, assim o sistema fica travado sem perder a permeabilidade.
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Segundo a gestão municipal, manter a possibilidade da água voltar para o solo é importante para evitar alagamentos durante períodos de chuva ou cheias.
De acordo com Luiz de Campos Jr., fundador do Projeto Rios e Ruas, uma ação criada para valorizar os rios escondidos da cidade de São Paulo, a iniciativa da prefeitura é um bom sinal, por revelar uma preocupação com as nascentes dos rios.
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"A gente tem visto alguns sinais de que a mentalidade está começando a mudar, isso é sempre um processo. A importância é menos pela obra em si mas mais pelo fato da subprefeitura ter se preocupado em indicar que ali é uma nascente de rio. Isso é de um simbolismo enorme", disse ele, em entrevista à Gazeta.
O especialista ainda explicou que a Secretaria Municipal de Infraestrura Urbana e Obras (Siurb) também lançou na semana passada projetos que indicam a intenção de abrir rios fechados na cidade e com a ideia da criação de parques alagáveis em vez de piscinões.
Segundo ele, haveria até o estudo de transformar um escadão próximo à rua Avanhandava, no centro, em uma cachoeira, usando as águas do córrego Augusta, que hoje passa pelo local de forma encanada.
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"Ainda é pouco, mas a gente está vendo coisas que há poucos anos atrás era impensável de pensar", disse.
Ainda de acordo com a Subprefeitura, a parceria com Conselho Participativo e a associação de moradores da região permitiu um diálogo aberto entre todas as partes e uma vasta troca de ideias. O projeto também visa valorizar e trazer a atenção do público para as águas subterrâneas de São Paulo. O bairro, que cresceu em torno de um Matadouro Municipal, é uma região com grande riqueza hídrica, e conta com cerca de 15 nascentes.
O evento será na rua Luftalla Salim Achoa (travessa da rua Capitão Cavalcanti), às 15h desta sexta.
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