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Cotidiano

Vila Itororó inaugura primeira parte de restauro hoje

A obra recuperou quatro edificações, que se tornarão restaurante comunitário, espaço de residência artística, laboratório de fabricação digital e marcenaria

Matheus Herbert

20/12/2019 às 01:00  atualizado em 28/09/2021 às 14:03

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Restauro da Vila Itororó (foto de 2014) foi resultado de acordo entre a prefeitura e um instituto, que captou R$ 14,5 milhões pela Lei Rouanet

Restauro da Vila Itororó (foto de 2014) foi resultado de acordo entre a prefeitura e um instituto, que captou R$ 14,5 milhões pela Lei Rouanet | /HELOISA BALLARINI/SECOM/22.05.2014

Há três anos se iniciou o restauro arquitetônico da histórica e centenária Vila Itororó, na Bela Vista, na região central da cidade de São Paulo. A primeira etapa dos trabalhos será entregue nesta sexta-feira (20).

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A obra recuperou quatro edificações (de 11), que se tornarão restaurante comunitário, espaço de residência artística, laboratório de fabricação digital e marcenaria (chamado de fab lab) e, ainda, a sede da Casa da Memória Paulistana, que integrará a rede Museu da Cidade.

Os espaços contemplam três casas e um prédio pequeno, que receberão oficinas, exposições, debates e outras atividades, que vão ampliar - a partir de março - a programação já realizada no galpão do centro cultural Vila Itororó Canteiro Aberto, criado no mesmo terreno, em 2015.

"A vila não é só um centro cultural, mas também um patrimônio histórico, um espaço para se discutir memória da cidade, de apropriação de diferentes formas pela população", descreve o coordenador de centros culturais e teatros da Secretaria Municipal de Cultura, Pedro Granato. Segundo ele, os usos das edificações que precisam ser restauradas serão discutidos e podem incluir até mesmo o habitacional.

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O restauro da vila foi resultado de um acordo entre a prefeitura e o Instituto Pedra em 2013, instituição que captou R$ 14,5 milhões (via Lei Rouanet) para a execução da primeira fase da obra - iniciada pela drenagem e limpeza do terreno em 2014, que foi seguida pelo restauro arquitetônico dois anos depois.

"A Vila Itororó como um todo estava muito degradada, com sérios problemas de drenagem, água, esgoto, muito lixo acumulado. Algumas edificações tinham raízes de vegetação infestante, que destroem as edificações", lembra Norton Ficarelli, diretor adjunto do Instituto Pedra.

Ficarelli explica que foram selecionadas três casas de um extremo do terreno e o prédio de outra ponta, pois são independentes e permitem o uso durante as demais etapas da obra. "Alguns trechos da casa 6 (que vai virar o espaço de memória) estavam sem piso, sem forro, quase arruinados."

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O restauro já realizado inclui a recuperação das camadas originais de tinta, inclusive com a descoberta de pinturas ornamentais de flores. Também abrange a instalação de passarelas de metal e elevador para permitir a acessibilidade. A estrutura interna, com as divisões de paredes, foi mantida.

Ficarelli diz que a parte que será entregue equivale a um terço das edificações. Segundo ele, a próxima fase envolve o restauro de cinco casas e a estabilização estrutural do palacete (a construção de grandes colunas, símbolo da vila) e terá custo de R$ 17,5 milhões, em fase de captação também pela Lei Rouanet. Já a última etapa prevê a recuperação do palacete e de uma casa, com custo estimado em R$ 21 milhões. Não há, contudo, um cronograma para a entrega integral do restauro.

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