VÍDEO: bombeiro fala em Libras com homem surdo e impede suicídio em SP

Um bombeiro reservista, de 28 anos, foi acionado em seu dia de folga para auxiliar em uma ocorrência de suicídio na última quinta-feira (25/7), em Franca, a 343 quilômetros de São Paulo. Veja alguns trechos do salvamento.

Intérprete de Libras

Walker Isaac de Sousa é o único bombeiro intérprete de Libras da cidade e foi requisitado para intervir na ocorrência, a qual um homem surdo ameaçava se cortar e pular do viaduto Dona Quita, na avenida Major Nicácio, em Franca.

"A gente ficou 46 minutos com ele ali. O tempo que eu cheguei, deu 46 minutos que fiquei conversando com ele. Disse que ele não estava sozinho, que ele estava naquela situação ali, mas eu sei que muita gente ia ajudar ele e se ele precisasse, eu estava ali à disposição", disse Walker.

Além de se comunicar na linguagem de sinais, o profissional é formado no curso de abordagem técnica em tentativas de suicídio desde 2020, logo após sua melhor amiga se matar.

Resolução da ocorrência

Segundo o bombeiro, o homem queria se suicidar após ser vítima de um golpe na internet e perder R$ 5,4 mil, mas se tranquilizou depois de receber apoio do bombeiro.

"Eu falei para ele ficar tranquilo, que se confiasse em mim, a gente levanta esse valor. E eu garanto que eu consigo mesmo, a gente vai colocar nas redes sociais. Não precisa ser com muito, pode ser com um pouquinho de cada um, cada um doando um pouco, a gente vai conseguir", comentou o bombeiro.

Capacitação dos bombeiros

Mesmo sendo reservista e atuando em escolas de bombeiros mirins, Walker é frequentemente acionado em ocorrências desse tipo na região.

"Estou até agora sem acreditar. Eu sou muito temente a Deus e me sinto muito grato a Ele de ter me colocado ali. E fica o alerta para os profissionais da área da saúde e da segurança pública aprenderem um pouquinho mais ou terem profissionais capacitados dentro das instituições, porque não foi a primeira vez que, eu estando de folga, me chamaram", disse o bombeiro, segundo informações do "G1".

*Texto sob supervisão de Renata Fernandes