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Cotidiano

Vereadores liberam as dark kitchens na cidade de SP, em 1ª votação

Câmara aprovou regulamentação das dark kitchens, mas vereadores ainda se mostram preocupados sobre funcionamento da atividade na Capital

Bruno Hoffmann

09/11/2022 às 20:01  atualizado em 09/11/2022 às 20:11

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Aplicativos de entregam que atuam na cidade de São Paulo

Aplicativos de entregam que atuam na cidade de São Paulo | Roberto Parizotti/Fotos Públicas

Ainda em primeira votação, a Câmara Municipal de São Paulo aprovou nesta quarta-feira a regulamentação das chamadas dark kitchens, cozinhas industriais voltadas somente para as entregas em domicílio. A aprovação definitiva só se dará após a segunda votação na Casa, ainda sem data definida.

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A proposta, de autoria da gestão municipal, estabelece duas categorias para regulamentar o espaço. Na primeira, é possível reunir de três a dez cozinhas em uma área de até 500 metros quadrados. Na segunda, são mais de dez cozinhas em uma área superior a 500 metros quadrados.

Passa a ser obrigatória, também, a criação de uma área interna para o estacionamento de motocicletas e banheiros para os entregadores.

As dark kitchens se popularizam durante a pandemia da Covid-19 e causam polêmica por causa de barulho, fumaça e cheiro de fritura, além da aglomeração de entregadores nas calçadas dos bairros paulistanos.

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Após a aprovação nesta quarta, parte dos vereadores se mostro temerosa sobre o futuro da modalidade na Capital.

"As dark kitchens têm gerado muitos problemas aos munícipes. Sou liberal, a favor do empreendedorismo e da geração de emprego e renda, mas também sou a favor que os cidadãos tenham tranquilidade em suas casas. Não podemos manter do jeito que está funcionando, vou cobrar a prefeitura para que todas estejam dentro do padrão", disse a vereadora Cris Monteiro (Novo), em contato com a Gazeta.

Jabuti

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O projeto enviado pelo prefeito Ricardo Nunes (MDB) possui um jabuti, termo usado quando um tema diferente é incluído dentro do projeto de lei. Normalmente é usado para que uma proposta seja aprovada sem que haja discussão sobre o tema nas casas legislativas.

Segundo informações da "Folha", nesse caso, o texto aprovado pela Câmara Municipal também estabelece um limite de 85 decibéis para grandes shows e eventos, valor que é superior ao que vigora em regiões específicas da cidade.

A gestão municipal, ainda segundo o jornal, tem tentado elevar o limite sonoro no entorno do Allianz Parque, estádio do Palmeiras e casa de shows de artistas internacionais, que tem recebido multas devido a infrações ao limite de barulho da região, que é uma ZOE (Zona de Ocupação Especial) e tem teto de 55 decibéis.

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Toninho Vespoli (PSOL) chamou o pretenso jabuti de "vergonhoso", prometeu ir à Justiça contra o projeto e disse que a Câmara "está de joelhos" para a vontade do Executivo.

"Essa proposta apareceu em um papel de pão, escrito a lápis ou a caneta, depois de relações que os vereadores tiveram com a diretoria do Palmeiras. Eu sou palmeirense, mas a discussão aqui é pelo bem da cidade", disse ele.

Já o líder do governo na Casa, vereador Fábio Riva (PSDB), negou que o projeto tenha um jabuti e disse que as duas propostas estão correlacionadas.

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