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Cotidiano

Vereador Gabriel Monteiro é acusado de assédio moral e sexual por servidores e ex-funcionários

Cinco pessoas relataram situações constrangedoras e desconfortáveis com o ex-PM, em situações de trabalho ou pessoais; Gabriel foi o terceiro vereador mais votado no RJ

Leonardo Sandre

28/03/2022 às 12:48  atualizado em 28/03/2022 às 12:51

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Vereador e ex-PM Gabriel Monteiro

Vereador e ex-PM Gabriel Monteiro | Reprodução Mídias Sociais

Cinco pessoas relataram terem vivenciado situações constrangedoras e desconfortáveis com o ex-PM e atual vereador Gabriel Monteiro, em situações de trabalho ou pessoais. Ele foi o terceiro vereador mais votado no RJ em 2020.

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Entre as pessoas que acusaram o vereador Gabriel Monteiro (sem partido) de assédio moral e sexual há servidores, ex-funcionários e uma mulher que teve relações sexuais com o ex-PM. Além destas acusações, a reportagem também mostra que Gabriel forjou cenas de seus vídeos no YouTube, como tiroteios ou ajuda a uma criança carente, expôs seus funcionários a outros tipos de assédio, além de cometer irregularidades no funcionamento de seu gabinete na Câmara Municipal.

Luiza é uma das pessoas que acusa Gabriel de assédio sexual. Ela trabalhava para os canais do vereador na internet, e relatou que algumas situações inconvenientes estão registradas nos vídeos em que ela ajudava a gravar.

"Ele me abraçava assim por trás, 'te amo' e não sei o que, 'você é minha amiga'. Beijava o meu rosto, saía de pênis ereto e ia mostrar para o segurança", relatou. "Uma vez, foi no carro que ele começou pedindo para fazer massagem no meu pé. Puxou meu pé e fez massagem. Eu tentava tirar o pé e ele segurava. Aí foi começando a passar a mão nas minhas pernas. Foi para o banco de trás e começou a me agarrar, me morder, me lamber."

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Ao ser perguntada se era tocada por Gabriel sem autorização, Luiza confirmou.

"Dá pra ver que ele chegava a passar (a mão). Eu falava: Gabriel, não gosto de gravar esses vídeos, você sabe. E toda vez ele ficava descendo a mão. Cansou de passar a mão na minha bunda. E eu segurando a mão dele. Pedindo e pedindo", contou.

Após sete meses de trabalho para o vereador, ela afirmou ter procurado um psiquiatra.

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"Eu queria tirar minha própria vida, porque eu me sentia culpada. Será que estou usando alguma roupa que está causando isso? Será que a culpa é minha de alguma forma? Aí eu começava a pedir a Deus para me levar", disse ela.

Outra mulher, que não quis revelar sua identidade, afirma que consentiu o início das relações sexuais com Gabriel Monteiro, mas, no meio da relação, o ato evoluiu para um estupro, porque ela diz que pediu para que ele parasse.

A mulher que acusa Gabriel Monteiro de estupro afirmou:

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- Teve um momento que ele usou força. Me segurou e foi com tudo. Me deixou sem saída. Eu pedindo para ele parar, ele não respeitou o momento em que eu pedi para ele parar.

Ela continuou, relatando a reação de Gabriel: "E ele rindo, 'é uma brincadeira. Não leva a sério, não. Não fica chateada."

Perguntada se ela se sentiu abusada, ela respondeu que sim:

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"Super abusada. Ele me machucou, agiu com agressão e força física", afirmou.

Um funcionário, que também não quis se identificar, contou que era obrigado a cumprir expediente na casa do vereador, onde presenciou cenas constrangedoras.

"A gente ficava ali na frente e várias vezes ele foi na parte da frente da varanda da casa, e em outros cômodos a gente já viu também, com o órgão sexual para fora. E se vangloriando do tamanho do pênis. E mesmo se masturbando na frente de toda a equipe", contou.

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Em outros detalhes da reportagem realizada pelo "Fantástico", da Rede Globo, também foi mostrado que nos vídeos de seu canal no YouTube, Gabriel Monteiro encenava e "dirigia" o que era filmado. Com ajuda de policiais militares, simulou ações de tiroteio e chamou a polícia, orientando o que seria relatado aos oficiais que chegassem.

Em outro vídeo que a reportagem teve acesso ao material bruto, Gabriel foi visto orientando uma criança a dizer que está sem comida. Na versão editada, publicada em suas redes sociais, ele leva a menina ao shopping e ouve que "está comendo o que mais gosta".

Uma perita analisou o material e concluiu que o material bruto e editado são "incompatíveis".

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"A conclusão a que se chega é que esses elementos presentes no vídeo bruto são incompatíveis com a situação de ameaça ou emboscada real. O que se percebe é que há tiros nos dois vídeos, só que esses tiros são distantes dele. Várias vezes ele orienta 'vai para lá, filma a favela'. Ele orienta como gravar, onde gravar. Orienta a posição das pessoas. Não parece realmente que ele está sob forte emoção ou numa determinada ação ou atitude ameaçadora",  disse Valéria Leal, perita judicial.

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