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Cotidiano

Vereador de SP diz ter sido ameaçado por colega e pede segurança

Em discurso no plenário da Câmara nesta quinta-feira (18), Hato disse Cristófaro disse em voz alta "vou dar um cacete nesse japonês" ao se encontrar com ele no prédio

Natália Brito

19/05/2023 às 13:47  atualizado em 19/05/2023 às 13:53

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Camilo Cristófaro

Camilo Cristófaro | CMSP

O vereador George Hato (MDB) solicitou à Câmara Municipal de São Paulo escolta da Guarda Civil Metropolitana após ter sido, segundo ele, ameaçado de agressão física pelo colega Camilo Cristófaro (Avante).

Em discurso no plenário da Câmara nesta quinta-feira (18), Hato disse que Cristófaro disse em voz alta "vou dar um cacete nesse japonês" ao se encontrar com ele no prédio. O vereador do Avante nega. Os dois vereadores se desentendem há anos.

"Me sinto ameaçado por esse vereador, por esse psicopata, que precisa realmente ter uma punição exemplar", disse Hato, repetindo diversas vezes que o colega é racista e perigoso.

Cristófaro é réu por crime de racismo desde novembro do ano passado, quando a Justiça aceitou denúncia do Ministério Público de São Paulo. O vereador foi flagrado pelo sistema de som do plenário da Câmara dizendo "não lavar a calçada é coisa de preto, né?", em maio de 2022.

Na semana passada, a Corregedoria da Câmara definiu um novo relator para tratar do processo de cassação, Marlon Luz (MDB).

Cristófaro diz ao Painel que Hato está mentindo e que renuncia ao seu mandato se o emedebista provar as acusações. Ele também afirma que levará o colega à corregedoria por quebra de decoro e à Justiça por calúnia. Ele afirma que não estava no local que Hato descreveu em suas acusações.

Essa não é a primeira vez que Crisófaro se envolve em confusão. Em 2019, ele chamou o vereador Fernando Holiday (Novo) de "macaco de auditório", no plenário da Câmara.

Em 2017, a então vereadora Isa Penna (PSOL) disse ter sido empurrada e agredida por Cristófaro em um dos elevadores do prédio da Câmara Municipal.

De acordo com Isa, o vereador a xingou de "vagabunda", "terrorista", "cocô de galinha" e insinuou ameaças dizendo que ela não deveria ficar surpresa se tomasse "uns tapas na rua".

Há também acusações de agressões contra o vereador feitas por um funcionário da Subprefeitura do Ipiranga, que teria levado um soco em julho de 2020, e outra realizada por um assessor do ex-vereador e atual deputado estadual Eduardo Suplicy (PT).

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