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Cotidiano
Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp) aciona justiça após morte de empresário em procedimento estético
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Influenciadora Natalia Becker realizou o procedimento em Henrique da Silva Chagas | Reprodução/Redes Sociais
O Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp) protocolou pedido à Justiça nesta sexta-feira (21), para que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) suspenda a venda de substâncias a base de fenol para profissionais que não sejam médicos.
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No documento, o Conselho pede a concessão de tutela antecipada à Anvisa e que única exceção para liberação seja para dentistas com pós-graduação comprovada em harmonização orofacial.
O pedido menciona o caso do empresário Henrique da Silva Chagas, de 27 anos, que morreu durante a aplicação de fenol em um procedimento de peeling realizado pela influenciadora Natalia Becker em 3 de junho.
O documento ressalta que não foram solicitados exames clínicos ou laboratoriais ao paciente, e houve falta de informações sobre os possíveis efeitos colaterais e riscos. Destaca ainda que o Studio Natalia Becker, onde Henrique foi atendido, não possuía equipamentos de monitoramento cardíaco ou para prestar socorro.
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O Cremesp também pediu que a Anvisa esclareça as condições de comercialização de substâncias químicas à base de fenol (ácido carbólico) e forneça informações sobre o controle ou registro específico dessas vendas.
A influenciadora Natalia Becker, que realizou o procedimento em Henrique, disse à polícia que fez um curso online em junho do ano passado e só após seis meses começou a fazer as aplicações.
No entanto, a farmacêutica e bioquímica Daniele Stuart, do Paraná, confirmou que o curso de peeling de fenol ministrado à Becker só foi concluído no dia 8 de junho, cinco dias após a morte de Henrique Chagas.
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Antes do peeling de fenol, é necessário realizar uma série de exames preparatórios para verificar o funcionamento cardíaco, pois a substância pode provocar arritmia. Durante a aplicação, é preciso monitorar o coração do paciente para avaliar possíveis alterações.
Segundo a Polícia Civil, a clínica não possuía equipamentos adequados para realizar o procedimento.
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