Entre em nosso grupo
2
Cotidiano
Conversas divulgadas mostram orientações feitas pelo 'especialista em bumbum'; justiça o condenou à 3 anos e 4 meses em regime semiaberto
Continua depois da publicidade
Vítima começou a sentir dores na perna após aplicação | Reprodução
O falso paramédico Patrick Galvão Matos Ferreira, que se apresentava como especialista em procedimentos estéticos, foi condenado a 3 anos e 4 meses de prisão em regime semiaberto.
Continua depois da publicidade
Em 2019, Patrick foi preso em um hotel de Guarulhos enquanto se preparava para aplicar substância em uma mulher de 26 anos. A investigação revelou que ele se passava por bombeiro e usava uniformes do SAMU para convencer suas clientes de sua falsa credibilidade.
A sentença, proferida pela juíza Renata Vergara Emmerich de Souza Cravo, foi baseada em provas contundentes que revelaram a prática ilegal de procedimentos estéticos e os danos causados a uma de suas vítimas.
A vítima, informou que conheceu Patrick por meio de uma colega de academia, e passou por três aplicações da substância nas nádegas, pagando R$ 1.300 pelo serviço. Após a segunda sessão, a mulher começou a sentir dores severas, tosse e falta de ar.
Continua depois da publicidade
Em resposta às reclamações, Patrick prescreveu medicamentos e realizou uma "drenagem", onde perfurou a perna da vítima com uma agulha na tentativa de reduzir o inchaço. As condições da vítima só pioraram, levando-a a buscar ajuda médica profissional.
O g1 teve acesso aos prints da conversa envolvendo o réu e a vítima. Na época a jovem descobriu que outra cliente estava em coma.
Exames realizados pelo Instituto Médico Legal (IML) e pelo Instituto de Criminalística (IC) identificaram que a substância utilizada por Patrick não era metacril, como ele afirmava, mas sim óleo mineral.
Continua depois da publicidade
Este produto permaneceu no corpo da vítima por mais de três anos, causando uma tumoração na coxa esquerda. A evidência desses laudos foi crucial para a condenação do réu.
Em sua defesa, Patrick negou conhecer a vítima e realizar procedimentos estéticos, alegando que trabalhava com vendas e nunca se vestiu como profissional do SAMU.
Seus advogados manifestaram repúdio à sentença, afirmando haver provas de sua inocência e que todos os procedimentos similares contra ele foram arquivados a pedido do Ministério Público. A defesa já recorreu da decisão judicial. Veja a nota encaminhada ao G1.
Continua depois da publicidade
"Na qualidade de advogados constituídos por Patrick Galvão Matos Ferreira, vimos, por meio desta, manifestar nosso veemente repúdio à sentença proferida em desfavor de nosso constituinte. Cabe-nos salientar que existem provas contundentes que comprovam a inocência de Patrick, demonstrando inequivocamente que ele não praticou qualquer crime contra a pretensa vítima", informou a defesa
"Ademais, informamos que já interpusemos recurso de apelação contra a referida decisão judicial e o mesmo já foi recebido. Cumpre destacar, ainda, que todos os procedimentos de natureza análoga instaurados contra Patrick foram arquivados a pedido do Ministério Público, refletindo a razão porque a sentença é contrária à prova dos autos", completou.
*Texto sob supervisão de Diogo Mesquita
Continua depois da publicidade
Continua depois da publicidade
Continua depois da publicidade