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Cotidiano

Falso paramédico condenado por procedimentos ilegais no bumbum

Conversas divulgadas mostram orientações feitas pelo 'especialista em bumbum'; justiça o condenou à 3 anos e 4 meses em regime semiaberto

Hebert Dabanovich

04/07/2024 às 14:00  atualizado em 04/07/2024 às 16:36

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Vítima começou a sentir dores na perna após aplicação

Vítima começou a sentir dores na perna após aplicação | Reprodução

O falso paramédico Patrick Galvão Matos Ferreira, que se apresentava como especialista em procedimentos estéticos, foi condenado a 3 anos e 4 meses de prisão em regime semiaberto.

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Em 2019, Patrick foi preso em um hotel de Guarulhos enquanto se preparava para aplicar substância em uma mulher de 26 anos. A investigação revelou que ele se passava por bombeiro e usava uniformes do SAMU para convencer suas clientes de sua falsa credibilidade.

A sentença, proferida pela juíza Renata Vergara Emmerich de Souza Cravo, foi baseada em provas contundentes que revelaram a prática ilegal de procedimentos estéticos e os danos causados a uma de suas vítimas.

Relato de dores

A vítima, informou que conheceu Patrick por meio de uma colega de academia, e passou por três aplicações da substância nas nádegas, pagando R$ 1.300 pelo serviço. Após a segunda sessão, a mulher começou a sentir dores severas, tosse e falta de ar.

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Em resposta às reclamações, Patrick prescreveu medicamentos e realizou uma "drenagem", onde perfurou a perna da vítima com uma agulha na tentativa de reduzir o inchaço. As condições da vítima só pioraram, levando-a a buscar ajuda médica profissional.

O g1 teve acesso aos prints da conversa envolvendo o réu e a vítima. Na época a jovem descobriu que outra cliente estava em coma.

Veja o print das conversas

Início da conversa - Reprodução
Vítima já reclamava de dores - Reprodução
Vítima recebendo orientações - Reprodução
Vítima afirma que soube do coma de uma cliente - Reprodução

Laudos médicos

Exames realizados pelo Instituto Médico Legal (IML) e pelo Instituto de Criminalística (IC) identificaram que a substância utilizada por Patrick não era metacril, como ele afirmava, mas sim óleo mineral.

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Este produto permaneceu no corpo da vítima por mais de três anos, causando uma tumoração na coxa esquerda. A evidência desses laudos foi crucial para a condenação do réu.

Defesa

Em sua defesa, Patrick negou conhecer a vítima e realizar procedimentos estéticos, alegando que trabalhava com vendas e nunca se vestiu como profissional do SAMU.

Seus advogados manifestaram repúdio à sentença, afirmando haver provas de sua inocência e que todos os procedimentos similares contra ele foram arquivados a pedido do Ministério Público. A defesa já recorreu da decisão judicial. Veja a nota encaminhada ao G1.

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"Na qualidade de advogados constituídos por Patrick Galvão Matos Ferreira, vimos, por meio desta, manifestar nosso veemente repúdio à sentença proferida em desfavor de nosso constituinte. Cabe-nos salientar que existem provas contundentes que comprovam a inocência de Patrick, demonstrando inequivocamente que ele não praticou qualquer crime contra a pretensa vítima", informou a defesa

"Ademais, informamos que já interpusemos recurso de apelação contra a referida decisão judicial e o mesmo já foi recebido. Cumpre destacar, ainda, que todos os procedimentos de natureza análoga instaurados contra Patrick foram arquivados a pedido do Ministério Público, refletindo a razão porque a sentença é contrária à prova dos autos", completou.

 *Texto sob supervisão de Diogo Mesquita

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