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Cotidiano
Idec apontou a presença de inúmeros agrotóxicos em alimentos ultraprocessados, incluindo substâncias cancerígenas
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Pesquisa do Idec encontrou quatro tipos de agrotóxicos em biscoito maisena em uma determinada marca | Reprodução
O perigo dos alimentos ultraprocessados não é novidade para quem busca uma vida saudável. Uma pesquisa do Instituto de Defesa do Consumidor (Idec) apontou a presença de inúmeros agrotóxicos em alimentos ultraprocessados, incluindo substâncias cancerígenas
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A pesquisa foi realizada em maio do ano passado e recebeu o nome de "Tem Veneno Nesse Pacote”. O levantamento avaliou 24 produtos de diferentes categorias. Os resultados geraram repercussão nas redes sociais.
O Idec é uma organização independente que atua na defesa e promoção dos direitos e interesses dos consumidores na busca de uma sociedade saudável e sustentável.
Em contato com a Gazeta, a assessoria de imprensa do Idec disse que ainda não há previsão para a pesquisa deste ano.
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Na terceira edição da pesquisa, foram analisados na época 24 ultraprocessados de oito categorias: macarrão instantâneo, biscoito maisena, presunto cozido, bolo pronto sabor chocolate, sobremesa petit suisse sabor morango, bebida láctea sabor chocolate, hambúrguer à base de plantas e empanado à base de plantas com sabor de frango.
Em cada categoria, foram selecionados os três produtos mais vendidos do mercado.
Os testes foram realizados por um laboratório certificado pela Coordenação Geral de Acreditação (CGCRE) do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), credenciado junto ao Ministério da Pecuária e Abastecimento (MAPA) e utilizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em testes de resíduos de agrotóxicos.
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O teste escolhido é um dos mais abrangentes, com capacidade de detectar resíduos de até 563 agrotóxicos diferentes.
Os ultraprocessados com maior presença de agrotóxicos, com quatro tipos diferentes detectados em cada amostra, foram:
Foram encontrados resíduos de três tipos diferentes de agrotóxicos:
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Foram encontrados resquícios de dois agrotóxicos no produto:
Foi identificada a presença de um tipo de agrotóxico nos seguintes produtos:
O glifosato foi o agrotóxico que mais apareceu nos testes, em sete das 24 amostras. Laís Amaral explica que o glifosato é o herbicida mais vendido no mundo, tido como “provavelmente carcinogênico ou capaz de causar câncer”, segundo a Agência Internacional para Pesquisa sobre Câncer (IARC) da Organização Mundial da Saúde (OMS).
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Apenas a categoria de sobremesa petit-suisse sabor morango não apresentou resíduos de agrotóxicos em nenhuma das amostras analisadas.
A farinha de trigo encontrada tanto na crosta dos empanados quanto no biscoito maisena e no macarrão instantâneo, continua sendo um ingrediente com alta prevalência de contaminação por agrotóxicos, como já havia apontado a análise do volume 2 do "Tem Veneno Nesse Pacote".
Com a finalização do volume 3 do estudo "Tem Veneno Nesse Pacote", o Idec enviou notificações para todas as empresas responsáveis pelos produtos analisados que apresentaram resíduos de agrotóxicos. Os dados também foram enviados à Anvisa.
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O estudo está disponível gratuitamente na página do Idec. As duas primeiras pesquisas, realizadas em 2021 e 2022, também estão disponíveis.
"A Selmi, informa ainda que é realizada, de forma permanente e contínua, a análise e monitoramento das farinhas utilizadas em nossa produção, não havendo nenhum registro de qualquer tipo de inconformidade ou de resultados fora dos parâmetros de segurança previstos nas normas. Além disso, todos os fornecedores passam por homologação onde são avaliados requisitos legais, de qualidade e sustentabilidade e avaliação de desempenho.”
Todos os nossos produtos passam por um rigoroso padrão de controle de qualidade, com auditorias e programas que garantem a conformidade com as diversas normas em vigor. No que se refere aos agrotóxicos, destacamos que no Brasil eles passam pela avaliação de diversos órgãos e a ANVISA estabelece os limites residuais toleráveis com base em análise de risco".
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A Fazenda Futuro esclarece que prontamente forneceu toda a documentação solicitada pelo IDEC referente aos produtos mencionados no relatório, incluindo o hambúrguer de carne vegetal e o 'Tiras de Frango Vegetal - Futuro Frango', que foi erroneamente citado como 'hambúrguer de carne vegetal sabor frango.
"A BRF esclarece que a produção dos produtos citados é devidamente fiscalizada por órgãos competentes, como a Anvisa e o MAPA, que utilizam padrões internacionais de pesquisa para detecção de resíduos de defensivos agrícolas, eventualmente utilizados pelos produtores de insumos. Reiteramos que os níveis apontados pelo IDEC em nossos produtos estão abaixo dos previstos em legislação. A Companhia ressalta que aplica internamente processos rigorosos de qualidade que atendem integralmente à regulamentação da própria Anvisa e do MAPA e são reconhecidos por diversos organismos de controle. A empresa informa, também, que respondeu a todos os questionamentos levantados pelo IDEC.
Referências: LMRs permitidos por cultura: Glifosato: soja (resolução RE 33-2004), RDC 441-2020; Glufosinato: RESOLUÇÃO-RE Nº 308-2020 (soja); RESOLUÇÃO - RE Nº 2.681- 2017 (trigo). Pirimifós-metílico: RESOLUÇÃO-RE Nº 2.838-2013 (trigo)."
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“Em 26/03/2024 recebemos por e-mail a Carta Idec nº 70/2024/Coex com o assunto “Resultados da análise de resíduos de agrotóxicos em produtos alimentícios ultraprocessados de origem animal e vegetal”. Essa carta foi respondida em 04/04/2024 esclarecendo que a NISSIN FOODS DO BRASIL LTDA. atende a toda a legislação vigente e boas práticas aplicáveis sobre o tema.”
“Em relação aos apontamentos do IDEC (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor), a Bagley do Brasil Ltda esclarece que segue padrões rigorosos e atende todas as normas e legislações vigentes de órgãos reguladores de alimentos em todo o seu processo de fabricação, de acordo com os requisitos sanitários específicos de cada categoria.
Comprometida com o alto padrão de qualidade de seus produtos e as matérias-primas utilizadas, a empresa reforça que atua com procedimentos modernos de Food Safety em toda a cadeia de valor, que são mantidos até a entrega dos produtos aos clientes e consumidores com a verificação do cumprimento de todas as diretrizes estabelecidas. A Gestão de Fornecedores conta ainda com auditorias periódicas que seguem normas internacionais e também próprias da Bagley. A não conformidade de qualquer requisito impede a homologação e continuidade dos fornecedores.
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Prezando pela transparência com seu consumidor e alto padrão de qualidade dos produtos, a Bagley avaliou as matérias-primas utilizadas na amostra do Idec e, baseada em sistema de última geração de rastreabilidade, identificou que todas que são utilizadas para a produção deste biscoito são provenientes de fornecedores altamente relevantes no cenário de fornecimento de tais produtos e não possuíam a menor possibilidade da presença de qualquer resquício de substâncias acima do limite especificado para este fim. A empresa reforça que todos os lotes foram acompanhados de laudos emitidos por laboratório credenciado, de renome e devidamente certificados.
Por fim, cabe ressaltar que o sistema de gestão de fornecedores e de qualidade adotado garante a segurança de todo o processo e que nem as matérias-primas usadas nem os produtos elaborados, contenham quantidades de contaminantes que possam não cumprir normativas sanitárias ou gerar quaisquer riscos à saúde dos consumidores.”
"O Grupo Marilan é uma empresa comprometida com a qualidade dos seus produtos, atuando sempre em prol da saúde, segurança e bem-estar dos consumidores. Observamos e cumprimos integralmente as normativas vigentes aplicáveis aos alimentos que produzimos, editadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária."
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"A Aurora Coop, responsável pela marca Aurora informa que, conforme já respondeu ao IDEC, não produziu o produto Presunto Cozido Aurora no lote alvo da referida notificação e que não teve acesso ao relatório de ensaio da análise realizada.
Por fim, declara que possui o controle de toda a cadeia produtiva e reforça seu compromisso com a qualidade e segurança dos produtos comercializados, bem como o atendimento às legislações."
"Informamos que o Grupo Piracanjuba já prestou todos os esclarecimentos necessários aos órgãos competentes."
"A Bimbo Brasil, detentora da marca Ana Maria, reitera sua idoneidade no cumprimento da legislação em todo o processo de produção e cuidado com a qualidade dos seus produtos.
A companhia esclarece que todas as suas receitas passam por rigorosos controles de qualidade e seus fornecedores de matéria-prima são homologados, atuando em conformidade com a ANVISA.
A empresa tem um criterioso processo de rastreabilidade a respeito da toxicidade de ingredientes e reitera que não há nenhum lote de bolinho à venda que apresente risco à saúde e segurança do consumidor."
"Qualidade e segurança dos alimentos são premissas da Seara. Todos os produtos da empresa, incluindo o produto empanado de carne vegetal sabor frango, citado no teste, respeitam os parâmetros para itens alimentares regulamentados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). A Seara tem processos de controle rigorosos e mantém vigilância ativa de controle das matérias-primas, além de laboratório próprio dedicado a pesquisas de resíduos e contaminantes."
"A Panco é uma empresa com mais de 70 anos de presença no mercado brasileiro e que sempre teve sua atuação pautada pela conduta ética e compromisso com a qualidade de seus produtos, bem como com a saúde e segurança de todos os seus públicos.
A companhia atesta a adoção de práticas totalmente alinhadas aos mais rigorosos padrões de mercado e o cumprimento de todas as normas e legislações específicas vigentes para a produção de alimentos. Para assegurar esses padrões, a companhia possui rígidos controles de qualidade (internos e envolvendo fornecedores externos), além de estabelecer mecanismos criteriosos de homologação de seus fornecedores de matérias-primas.
A Panco também segue todas as normas de rotulagem vigentes, disponibilizando informações sobre ingredientes e composição do produto de forma clara e acessível.
A empresa informa que o produto analisado pelo IDEC, 'Panquinho sabor chocolate' utiliza 32 matérias-primas em sua composição e, como tal, todas estão sujeitas a análises internas recorrentes de controle de qualidade. Reforçamos, ainda, que não existe legislação vigente que determine limite da substância identificada no item para produtos terminados, como os da categoria de panificados.
A empresa reitera o seu compromisso com a qualidade de seus produtos e está empenhada em realizar análises complementares para entender os pontos levantados e avaliar a necessidade de eventuais adaptações em seus processos."
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