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Cotidiano
Instituto Adolfo Lutz identificou que a variante P.4 do coronavírus já circulava desde o início do ano, mas como P.1, a variante identificada 1º em Manaus
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Estudo foi feito pelo Instituto Adolfo Lutz no Estado de São Paulo | Karen Fontes/iShoot/Folhapress
O Instituto Adolfo Lutz e o Centro de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado da Saúde identificaram que a variante P.4 do novo coronavírus já circulava desde o início do ano em São Paulo, mas como P.1, a variante batizada de Gamma, identificada primeiro em Manaus.
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A descoberta ocorreu após constatação de uma nova classificação genética pela comunidade científica nacional e internacional, mediante a reanálise dos sequenciamentos genéticos feitos pelo Lutz e outros laboratórios da rede. A partir disso, foi detectado que a P.4 está presente em aproximadamente 20% das amostras analisadas desde o mês de janeiro em todas as regiões do Estado, com exceção do Vale do Ribeira.
Com este cenário, a Gamma passa a representar 70% das amostras e não mais 90%, como antes da chegada da P.4. Diferentemente da primeira, esta não é considerada variante de atenção, ou seja, não há até o momento evidencias que apontem maior potencial de transmissão ou agravamento dos pacientes infectados.
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Reclassificações filogenéticas ocorrem quando a comunidade científica obtém acesso a mais dados das amostras e, a partir disso, aprofunda os estudos nos organismos. Ao sinal de que determinada parcela de vírus de uma linhagem compartilha certas características de linhagem semelhante, podem ser estabelecidas novas variantes ou a reclassificação de uma variante que antes era associada a um grupo. Estes estudos são possíveis por meio de estudos junto ao Gisaid, banco mundial de sequências genéticas.
“A reclassificação sistemática dos vírus é natural e ocorre à medida que se conhece mais sobre o agente infeccioso durante a evolução da doença. No caso da P.4, há exemplares da linhagem P.1 que foram incorporados a ela, além de outros que até então eram considerados como parte de outras variantes”, explica o diretor do Centro de Respostas Rápidas do Instituto Adolfo Lutz, Adriano Abbud.
A coordenadora de Controle de Doenças, Regiane de Paula, reitera que os estudos sobre a linhagem P.4 seguem em curso. “Ainda não se pode dizer que ela impacta no número de casos, internações ou óbitos e somente com estudos poderemos encontrar respostas relacionadas a essa variante. Nossas equipes seguem analisando em múltiplas frentes este vírus, contribuindo com a Ciência e com as ações de combate à COVID-19 não somente no Estado de São Paulo”, afirma.
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As regiões do Estado com maior predominância da P.4 são a Baixada Santista (36,96%) e Campinas (35,29%). Na sequência, estão São José do Rio Preto (29,75%), Sorocaba (29,75%), Araraquara (27,97%), São João da Boa Vista (22,45%), Grande São Paulo (16,03%), Barretos (12,24%), Marília (8,57%), Franca (6,25%), Piracicaba (5,56%), Presidente Prudente (5,56%), Ribeirão Preto (5,56%), Araçatuba (3,85%), Bauru (3,70%) e Taubaté (3,39%).
Já a P.1 predomina nas regiões de Registro (90,91%), Ribeirão Preto (86,11%) e Barretos (81,63%). Na sequência, em Bauru (77,78%), São João da Boa Vista (73,47%), Grande São Paulo (73,28%), Piracicaba (72,22%), Taubaté (72,88%), Araçatuba (73,08%), Araraquara (68,53%), São José do Rio Preto (66,12%), Sorocaba (66,12%), Marília (62,86%), Presidente Prudente (61,11%), Franca (57,81%), Baixada Santista (52,17%) e Campinas (46,22%).
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