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Cotidiano

Varejistas se reúnem com Lula e dizem esperar corte de juros e retomada no 2º semestre

Alta taxa de juros, um dos principais alvos de crítica de Lula e de integrantes do seu governo, foi debatida na reunião

Maria Eduarda Guimarães

14/06/2023 às 16:23  atualizado em 14/06/2023 às 16:39

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Representantes de grandes empresas do varejo participaram de uma reunião no Palácio do Planalto com o presidente Lula

Representantes de grandes empresas do varejo participaram de uma reunião no Palácio do Planalto com o presidente Lula | Ricardo Stuckert/PR

Um grupo de cerca de 30 representantes de grandes empresas do varejo participou de uma reunião, nesta quarta-feira (14), no Palácio do Planalto com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e ministros do governo.

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Após o encontro, o presidente do IDV (Instituto para Desenvolvimento do Varejo), Jorge Gonçalves Filho, criticou a taxa básica de juros (Selic, hoje em 13,7% ao ano) e disse esperar uma "regressão" no curto prazo. Segundo ele, propostas do governo que seriam positivas para o setor dependem dessa redução.

O empresário afirmou ainda que deve haver uma melhora no setor no segundo semestre, sem entrar em maiores detalhes.

A alta taxa de juros, um dos principais alvos de crítica de Lula e de integrantes do seu governo, foi debatida na reunião, segundo Filho.

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"Notamos que tem uma dificuldade grande em alguns programas [do governo] por conta dos juros. A gente tem uma expectativa que a questão dos juros tenha regressão a curto prazo. Sabemos que o BC [Banco Central] tem o rito para que isso ocorra, mas notamos que vários programas que serão bons para o varejo, para o mercado, dependem disso também", disse a jornalistas no Planalto.

"Há expectativa que, com as medidas que entendemos que estão prestes a vir, teremos retomada no segundo semestre. Medidas voltadas ao crédito, a investimento em outros setores que refletem no varejo, infraestrutura, por exemplo, o presidente falou bastante", completou.

Uma das principais propostas de Lula para sua terceira gestão é o novo PAC (Programa de Aceleração e Crescimento), que ainda não saiu do papel. O presidente disse nesta semana que, a partir de 2 de julho, o governo deve lançar um programa de obras.

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O vice-presidente Geraldo Alckmin também falou com a imprensa após o encontro e mirou a taxa básica de juros na sua declaração. "Isso prejudica muito a atividade econômica. Ou seja, prejudica o emprego", disse, reforçando que o tema é preocupante para os varejistas.

De acordo com ele, outros dois temas entraram na pauta da reunião: lealdade concorrencial e reforma tributária.

No caso do primeiro, foi abordado no encontro o plano de conformidade que está sendo elaborado pela Fazenda e pela Receita, com participação de representantes do setor, para evitar casos de empresas de varejo que burlam impostos.

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A discussão ganhou notoriedade há alguns meses com grandes empresas como a Shein e a Shopee. Os ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Rui Costa (Casa Civil) também participaram do encontro.

O setor varejista criticou recentemente o governo Lula pelo recuo na taxação de remessas internacionais entre pessoas físicas. Em abril, após grande repercussão e cobranças, a equipe do ministro Fernando Haddad desistiu de acabar com a isenção de até US$ 50 para remessas entre pessoas físicas.

A medida, que acabou engavetada, tinha o objetivo de taxar importações chinesas, que chegavam ao país por meio de remessas entre pessoas físicas, para escapar da tributação.

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A respeito da reforma tributária, Jorge Gonçalves Filho disse que o setor apoia a proposta.

Participaram do evento Frederico Trajano e Luiza Trajano, ambos do Magazine Luiza; Sérgio Herz, CEO da Livraria Cultura; Ronaldo Pereira Júnior, CEO da Ri Happy; a vice-presidente de relações governamentais do McDonald's, Marlene Fernandez; Antônio Carlos Pipponzi; presidente do conselho de administração da Raia Drogasil; Artur Grynbaum, do Grupo Boticário; entre outros.

A reunião com o setor se dá após comissão do Senado ter aprovado a prorrogação da desoneração da folha de pagamento para 17 setores, uma medida que vem enfrentando resistência por parte da equipe do ministro Fernando Haddad.

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De acordo com Gonçalves Filho e Alckmin, o tema não foi discutido na reunião do Planalto nesta quarta.

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