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Cotidiano

Vacina brasileira estará no braço em até 9 meses, garante ministro

A vacina RNA-MCTI-Cimatec-HDT, desenvolvida no Brasil, deve chegar a população em até nove meses, diz ministro Marcos Pontes

Bruno Hoffmann

01/03/2022 às 14:03  atualizado em 01/03/2022 às 14:10

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Vacinação

Vacinação | Thiago Neme/Gazeta de S.Paulo

O ministro Marcos Pontes (Ciência, Tecnologia e Inovações), prestes a deixar o cargo para se candidatar a deputado federal, afirmou nesta terça-feira (1º) que a vacina RNA-MCTI-Cimatec-HDT, desenvolvida no Brasil, deve chegar a população em até nove meses.

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Em janeiro, começaram os testes de fase 1 em pacientes com o imunizante desenvolvido no Senai Cimatec, centro universitário em Salvador, em parceria com o MCTI (Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações) e a farmacêutica americana HDT Bio Corp.

Esses testes, que checam se o produto funciona e validam sua segurança, são feitos em 90 voluntários saudáveis de 18 a 55 anos. A vacina foi a primeira brasileira a obter a aprovação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para progredir para essa fase de avaliação.

Depois disso, é preciso que a vacina tenha sucesso em outras duas etapas de testes para ser disponibilizada à população. É na última fase que a eficácia é demonstrada.

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Com mais de 70% da população brasileira vacinada, Pontes diz que a RNA-MCTI-Cimatec-HDT -que não tem um apelido mais amigável– deve servir como dose de reforço para a Covid num calendário periódico. Por isso, avalia, vale a pena continuar a investir na área, apesar do atraso em relação a imunizantes estrangeiros.

Ela usa tecnologia de RNA ligeiramente parecida com a adotada pelo imunizante da Pfizer. Uma pequena sequência de códigos genéticos "ensina" o corpo a se defender contra o vírus.

O conhecimento adquirido com o desenvolvimento da vacina nacional, diz o ministro, pode servir para criar novos imunizantes no Brasil, inclusive contra a dengue.

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A primeira vacina brasileira foi anunciada pelo MCTI em março do ano passado e a meta era que fosse concluída ainda em 2021. Ela teve os testes clínicos aprovados no primeiro semestre.

Uma das dificuldades encontradas por pesquisadores no país é o teste da vacina. Com boa parte da população vacinada, fica difícil encontrar voluntários não imunizados para as pesquisas. Por isso, Pontes diz conversar com países na África que estão mais atrasados na vacinação.

Além disso, os testes com voluntários devem acontecer também nos EUA e na Índia.

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