Vacina brasileira contra chikungunya tem alto índice de proteção

A vacina contra chikungunya, produzida pelo Instituto Butantan e pela farmacêutica franco-austríaca Valneva, mostrou alto poder de imunização em adolescentes.

O imunizante manteve a produção de anticorpos em 98,3% do público após um ano de aplicação, segundo o resultado de um ensaio clínico de Fase 3, publicado na revista The Lancet.

Público imunizado

O estudo foi realizado pelo Butantan com 750 adolescentes de 12 a 17 anos que vivem em áreas endêmicas do Brasil.

Os menores são dos estados de São Paulo, Bahia, Ceará, Minas Gerais, Sergipe, Pernambuco, Amazonas, Mato Grosso do Sul e Roraima.

Em setembro, os primeiros resultados indicavam que, 6 meses após a vacinação, 99,1% dos adolescentes mantinham anticorpos contra a doença.

O resultado é compatível com os registrados em adultos no Estados Unidos, onde ensaios de Fase 3 com 4 mil voluntários (18 a 65 anos) demonstraram imunogenicidade de 98,9%, em 6 meses.

A vacina foi aprovada para uso em adultos por agências de vigilância sanitária dos Estados Unidos e da Europa.