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Pacote de 1kg de urânio apreendido com homens que venderiam o mineral ao PCC | Reprodução/TV Record
A Polícia Civil fez uma apreensão incomum na última sexta-feira (8). Trata-se de um pacote com cerca de um quilo de urânio, um mineral radioativo que pode ser usado para a fabricação de bombas. O pacote estava com dois homens, que informaram aos agentes da Polícia Civil de SP que repassariam o material ao PCC PCC (Primeiro Comando da Capital), uma facção criminosa paulista, pela quantia de 90 mil dólares.
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Os dois suspeitos foram presos em uma casa em Guarulhos, na Grande São Paulo. Eles informaram aos policiais que estavam planejando a venda do mineral ao PCC nos próximos dias.
Demerval Rodrigues, coordenador de Segurança Nuclear, Radiológica e Física do Ipen (Instituto de Pesquisas Energéticas Nucleares), informou que amostras do material recolhido pela polícia foram enviadas para análise em um laboratório de São Paulo. A entidade aguarda a conclusão das análises para se pronunciar, o que pode ocorrer ainda nesta terça.
Segundo informações da Folha de S. Paulo, um homem, que diz trabalhar na área de metais e minerais, procurou o 3º DP de Guarulhos afirmando que recebeu uma proposta para comprar, ilegalmente, "material radioativo", na sexta-feira (8).
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Na ocasião ele disse que percebeu que o material se tratava de urânio e recebeu dos negociantes a proposta de venda do material por US$ 90 mil o quilo (cerca de R$ 422 mil). Os vendedores ainda se dispuseram a oferecer uma amostra do produto. A identidade do homem não foi revelada.
Após receberem a denúncia, dois policiais foram até uma uma casa no bairro Vila Barros, e lá encontraram dois suspeitos que manuseavam pedras "que realmente tinham aparência idêntica ao metal urânio em estado bruto", afirma trecho do relato dos agentes. O material foi apreendido e encaminhado para análise, e os homens foram presos.
Um dos suspeitos, de 34 anos, afirmou que o PCC teria financiado sua viagem, de Rondônia até São Paulo, para vender o material. Ele, e outro suspeito encontrado na residência, foram presos com base na lei federal 6.453, de outubro de 1977, na qual consta ser proibido "produzir, processar, fornecer ou usar material nuclear sem a necessária autorização ou para fim diverso do permitido em lei", com pena de 4 a 10 anos de prisão.
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A Secretaria de Estado da Segurança Pública afirmou, na tarde desta segunda-feira, que o caso seria encaminhado à Justiça Federal.
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