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Cotidiano

Ucrânia desliga maior usina nuclear da Europa em meio a contraofensiva

A estatal de energia nuclear ucraniana Energoatom informou que está sendo preparado o resfriamento do reator da usina, que deixou de gerar eletricidade

Jeferson Marques

11/09/2022 às 16:02

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| Ralf1969/Wikimedia Commons

Ponto estratégico e de tensão na Guerra da Ucrânia, a usina nuclear de Zaporíjia, a maior da Europa, foi desligada por razões de segurança. A estrutura tem provocado temores devido ao seu potencial de catástrofe radioativa em decorrência do conflito, que completou 200 dias neste domingo (11).

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A estatal de energia nuclear ucraniana Energoatom informou que está sendo preparado o resfriamento do reator da usina, que deixou de gerar eletricidade. O complexo era responsável por cerca de 25% da energia do país antes do conflito.

Curiosamente o desligamento só foi possível depois de ser restabelecida a eletricidade na região onde a usina está localizada. A energia havia sido cortada devido a combates, e Zaporíjia vinha sendo alimentada por apenas um de seis reatores que se mantinha operacional e fornecia energia a sistemas de segurança.

De acordo com a Energoatom, o desligamento foi necessário para que o reator permaneça em seu "estado mais seguro". "No caso de novos danos nas linhas de transmissão que ligam a usina ao sistema elétrico – cujo risco permanece alto– as necessidades internas [da usina] terão de ser cobertas por geradores que funcionam a diesel", afirmou a estatal em comunicado.

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O ato faz crescer ainda mais a pressão energética sobre o país invadido, que se prepara para um inverno de escassez à medida que a guerra continua.

A usina de Zaporíjia foi tomada por forças russas ainda no começo do conflito. Nos últimos dias, ambos os lados vêm se acusando de travar perigosos combates em torno do complexo, o que aumenta o risco de acidentes radioativos. Há preocupações de que um reator ou depósitos de lixo atômico ao redor da estrutura sejam atingidos.

A missão da AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica) para avaliar a situação na usina disse no começo do mês que os combates na região violaram "a integridade física" do local. Desde então, a Energoatom vem reiterando apelos pela criação de uma zona desmilitarizada em torno das instalações.

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O desligamento da usina coincide com a intensificação da contraofensiva ucraniana no conflito contra a Rússia.

Kiev afirmou neste domingo que retomou neste mês mais de 3.000 quilômetros quadrados no nordeste do país. "Em torno de Kharkiv [segunda maior cidade da Ucrânia] começamos a avançar não apenas para o sul e leste, mas também para o norte", afirmou em comunicado o general Valeri Zaluzhni.

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