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Cotidiano

Uber e prefeitura entram em acordo e sede da empresa volta a São Paulo

Após anunciar megassede em Osasco, Uber entra em acordo com prefeito e voltará à Capital; anúncio foi visto como vitória pela CPI dos Apps

Bruno Hoffmann

04/10/2022 às 01:20  atualizado em 04/10/2022 às 01:38

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Sede da Uber voltara à cidade de São Paulo

Sede da Uber voltara à cidade de São Paulo | Dan Gold/Unsplash

Um ano e meio depois de anunciar que inauguraria uma megassede em Osasco, o que nunca saiu do papel, a Uber está oficialmente de volta a São Paulo. O acordo foi firmado pelo prefeito Ricardo Nunes (MDB) com representantes da empresa nesta segunda-feira. Os funcionários da companhia estavam trabalhando de forma híbrida desde o início da pandemia da Covid-19.

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"São Paulo sempre teve vocação para atrair grandes empresas que necessitam do que há de mais moderno no mundo corporativo e que exigem mão de obra especializada em tecnologia de ponta. Estamos felizes de receber a Uber de volta ao nosso município e muito confiantes que o novo escritório da cidade vai atrair ainda mais talentos do mundo da tecnologia para São Paulo", afirmou o prefeito.

O retorno oficial da empresa à Capital foi visto como uma vitória dos vereadores membros da CPI dos Aplicativos, na Câmara Municipal de São Paulo. A comissão investiga, entre outras suspeitas, indícios de evasão fiscal de empresas de transporte e delivery que se estabeleceram em cidades da região metropolitana para pagar menos tributos.

Para o presidente da CPI, Adilson Amadeu (União Brasil), São Paulo deve receber impostos significativos com a volta da companhia para a cidade.

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"Pelas nossas estimativas, só com a arrecadação de ISS, São Paulo deve ser contemplada com cerca de R$ 200 milhões anuais em investimentos que podem ser direcionados para melhorias em mobilidade urbana, como a construção de novos corredores, por exemplo", disse ele.

"Mas o trabalho não para por aí, há uma série de outras empresas que também estão nesse escopo de investigações de evasão fiscal para outras cidades e que devem explicações para os contribuintes paulistanos”, explicou ainda.

Adilson Amadeu (DEM) solicitou a audiência na CâmaraAdilson Amadeu é presidente da CPI dos Apps na Câmara Municipal de SP/Reprodução/Facebook

De acordo com o vereador, o diretor da Uber, Ricardo Leite Ribeiro, declarou em novembro de 2021 à CPI que a empresa teria recolhido cerca de R$ 574 milhões em Imposto Sobre Serviços (ISS) na cidade de São Paulo entre os anos de 2016 e 2020. Esses valores, no entanto, vinham crescendo ano a ano, à medida que a empresa conseguiu se estabelecer na liderança do mercado de corridas paulistano.

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“Não é justo que utilizem de toda nossa infraestrutura e do uso da malha viária e não contribuam com um retorno à cidade. Mas vamos além, queremos que a empresa retire todas as ações judiciais que possuem contra a regulamentação proposta pela cidade de São Paulo. Queremos que seus carros possam ser fiscalizados, por exemplo”, completou Amadeu.

São Paulo é uma das principais praças da empresa norte-americana no segmento, com quase um milhão de corridas diárias, em média, segundo dados revelados pela própria CPI. 

Em março deste ano, vereadores da CPI dos Aplicativos estiveram em diligência na sede fiscal da empresa e visitaram o terreno daquela que seria a futura sede. em Osasco. No entanto, não encontram nenhuma obra no local, apenas uma concessionária abandonada. A visita causou ruídos e chegou a virar rusga entre os prefeitos das duas cidades. À época, o mandatário de Osasco, Rogerio Lins, disse à "Folha de S. Paulo" que “São Paulo deveria saber perder”.

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Em maio deste ano, outra empresa que havia se mudado para Osasco, a 99, anunciou retorno após ser alvo da mesma CPI. O anúncio foi realizado com diretores da empresa no gabinete do prefeito Ricardo Nunes, em anúncio que contou com a presença de todos os vereadores integrantes da CPI. 

Com o retorno para a cidade, anunciado nesta segunda, o diretor de políticas públicas da Uber, Ricardo Leite Ribeiro, afirmou que a empresa e a gestão municipal encerraram disputas judiciais antigas.

"Esses esforços nos permitiram, inclusive, encerrar, de comum acordo com o município, antigas disputas judiciais que tínhamos sobre a regulação municipal de aplicativos, por entendermos que a Prefeitura de São Paulo está empenhada em aprimorar o sistema e o ambiente de negócios na cidade, tornando-o cada vez mais isonômico e equilibrado para as empresas que aqui querem se instalar", afirmou o executivo.

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Conforme nota da gestão municipal, o novo espaço da Uber em São Paulo terá o mesmo padrão dos escritórios globais da marca em grandes cidades como São Francisco, Cidade do México e Amsterdã, e concentrará profissionais que atuam em diferentes áreas, como os times de operações, engenharia e segurança, incluindo o Centro de Tecnologia da empresa no País.

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