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Cotidiano
Nesta terça foi adiada a audiência do túnel entre Santos e Guarujá, que aconteceria na Comissão de Viação e Transportes da Câmara
23/05/2023 às 16:09 atualizado em 23/05/2023 às 17:07
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Balsa restaurada na Travessia Santos-Guarujá | Divulgação
Os moradores e turistas da Baixada Santista vão precisar esperar um pouco mais para que propostas mais concretas levem ao início das obras do conhecido Túnel da Baixada. É que nesta terça-feira (23) foi adiada a Audiência Pública para discutir o projeto de construção do túnel Santos Guarujá, que aconteceria na Comissão de Viação e Transportes da Câmara dos Deputados, solicitada pelo deputado Kiko Celeguim (PT-SP).
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Até hoje, o traslado entre as duas cidades é feito por balsas, transportando, diariamente, mais de 30 mil automóveis, como fundamenta o deputado à imprensa, “número que se acentua em altas temporadas, causando transtornos no tráfego terrestre”, contabiliza Celeguim. A preocupação de quem circula na região é “contribuir com a qualidade de vida dos moradores dali, também é garantia de desenvolvimento e avanços para a Baixada Santista”, sustenta o deputado.
Questionada sobre o adiamento da audiência, a assessoria do parlamentar informou que foi necessário, uma vez que atores importantes para essa discussão, por compromissos outros, não poderiam estar presentes. Então, segundo explicado, entende-se ter sido mais prudente adiar, para encontrar o momento mais adequado. A assessoria explicou ainda que esse adiamento não pretende se alongar muito.
Obra de bilhões de reais
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Foi o que contou para a Gazeta/ o Diário do Litoral Rosana Valle, deputada paulista pelo Partido Liberal (PL). O mais perto que o projeto que ligará, por terra, Guarujá e Santos foi na gestão de Tarcísio de Freitas como ministro da Infraestrutura. Freitas é o atual governador de São Paulo. Rosana lembra que “a ideia da construção tem mais de 100 anos [...]”, explica a deputada.
E continua, “a grandiosa obra, avaliada em quase cinco bilhões de reais, foi incluída como contrapartida no processo de privatização do Porto de Santos, com o consórcio, ou grupo que ganhasse a concorrência para administrá-lo, teria, entre outras obrigações, a tarefa de aportar recursos para a construção de um túnel imerso”, informa, endossando a ideia de especialistas sobre ser a via portuária a melhor forma de ligação entre Guarujá e Santos.
Mesmo sendo uma obra tão vultuosa, a população da região entende que tal projeto já deveria ter tido andamento há muito tempo, independente de quem vai ser o custo das obras. Rosana também explicou que há maior tranquilidade com a mudança de governo, em nível estadual, pois Tarcísio, no que se refere ao estado de São Paulo, conhece a carência que a falta da ligação representa para a Baixada, e tem estudado parcerias com o setor privado para que o túnel seja viabilizado. Há preocupações com o governo federal, que possui entendimento diferente no que se refere à privatização do Porto, e o processo está travado.
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A parlamentar reconhece o túnel como “uma necessidade histórica, e será um marco no desenvolvimento econômico da Baixada Santista”, encerrou sua fala ao jornal, em concordância com as fundamentações do deputado Celeguim, que consideram, inclusive, os benefícios que a construção do túnel trará para as duas cidades.
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